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“Tem corrido tudo muito bem”. Governo desvaloriza incidente em Évora

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

O secretário de Estado Adjunto da Saúde considerou o início da vacinação contra a covid-19 “uma luz ao fundo do túnel” e desvalorizou os incidentes em Évora, na segunda-feira, com o transporte das vacinas.

“Acho que nenhuma imagem deslustra aquilo que tem, de facto, sido muito importante” neste processo, “que é a luz ao fundo do túnel que é a vacina e, neste caso particular, a vacina aos nossos profissionais de saúde”, afirmou António Lacerda Sales, em Évora.

Questionado pelos jornalistas no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), onde assistiu esta manhã ao início da vacinação dos profissionais de saúde, o secretário de Estado lembrou que o Governo “já abriu um inquérito” sobre os alegados incidentes entre a PSP e a GNR na distribuição da vacina, na segunda-feira, nesta unidade hospitalar.

Trata-se de “uma matéria do Ministério da Administração Interna (MAI) e, portanto, não vou comentar”, disse o governante, frisando, contudo, que o arranque da vacinação é “a imagem que ficará, com certeza, para a História e que se sobreporá a todas as outras questões”.

Já no Algarve, à margem de uma visita ao centro de vacinação improvisado no Hospital de Portimão, Lacerda Sales declarou que “os profissionais têm tido uma adesão à vacinação muito grande, o que dá um sinal de confiança para as pessoas e para os portugueses”.

O governante sublinhou que cada vacina que é administrada a um profissional de saúde é “uma garantia na resposta a cada um dos cidadãos portugueses”, assegurando que essa “mensagem e essa confiança tem passado” para os cidadãos.

Em relação aos números atuais da pandemia em Portugal, António Lacerda Sales é cauteloso, aditando que “a incerteza é muito grande”, apesar de o país estar “numa fase decrescente”, ainda assim “com uma incidência ainda alta”.

Vamos viver um período pós-festas e não sabemos os números que teremos. Estamos a preparar-nos o melhor possível para o que possa acontecer. Garantidamente estamos a preparar-nos para números menos bons, mas se não acontecerem melhor ainda”, declarou.

Questionado pelos jornalistas, o secretário de Estado afirmou que em relação à vacinação dos idosos a estratégia ainda está a ser definida, mas garantiu que quando chegar a altura dos lares, em janeiro, haverá uma “manifesta mensagem de solidariedade na proteção das faixas mais vulneráveis”.

A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou no domingo em Portugal, à semelhança de outros países da União Europeia. A vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde.

ZAP // Lusa

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