Governo britânico aumenta financiamento para busca de Maddie

Mario Cruz / Lusa

Kate e Gerry McCann, os pais de Maddie

Os agentes que averiguam o desaparecimento de Madeleine McCann em 2007 em Portugal vão contar com um fundo extra de 85 mil libras para estender a busca por mais seis meses, indicou hoje o Ministério britânico do Interior.

O fundo especial, cerca de 96 mil euros, vai servir para ampliar a investigação, conhecida como “Operação Grange”, entre os próximos dias 1 de abril e 1 de setembro.

Até ao momento foram destinados 11,1 milhões de libras (12,6 milhões de euros) ao caso, que atraiu uma atenção mediática sem precedentes.

A pequena Maddie McCann, natural de Rothley, no condado inglês de Leicestershire, desapareceu do quarto no qual dormia com os irmãos, num apartamento que a família tinha alugado na Praia da Luz, no Algarve, em maio de 2007, quando tinha apenas 3 anos.

A Polícia Metropolitana de Londres (Met) perseguiu diferentes pistas a fim de averiguar que ocorreu com o paradeiro da menor britânica, enquanto os pais, Gerry e Kate McCann, sempre asseguraram que nunca iriam parar de procurar a sua filha.

No início do mês passado, o Supremo Tribunal de Justiça britânico considerou que há  “fundada” suspeita de envolvimento dos McCann no caso e absolveu Gonçalo Amaral, ex-coordenador da Polícia Judiciária, no processo que o casal lhe moveu pelo conteúdo do livro “Maddie: A Verdade da Mentira“.

Na obra, o ex-inspector aborda a possibilidade de os McCann terem estado envolvidos no desaparecimento da filha. O Supremo nota que, embora o processo tenha sido arquivado, se apontam “sérias reservas quanto à verosimilhança da alegação de que Madeleine fora raptada“.

O recurso dos McCann chegou ao Supremo britânico depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decretado a absolvição de Gonçalo Amaral. Kate e Gerry McCann anunciaram entretanto que irão contestar a decisão do tribunal britânico.