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Governo britânico aprova mais de 60 mil espetadores em Wembley. OMS preocupada com relaxamento nas restrições

Petr Josek / EPA / POOL

Adeptos da Escócia, no jogo frente à Croácia, no Euro 2020

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou esta terça-feira a sua preocupação com o afrouxamento das restrições verificadas em alguns dos países anfitriões do Euro2020 de futebol, pedindo rápidas reações após verificar surtos de covid-19 em torno de vários estádios.

“Em algumas das cidades-sede, os casos de covid-19 já estão a aumentar em áreas onde as partidas estão a ser disputadas”, denunciou o diretor-executivo da OMS na Europa, Robb Butler.

A maior crítica do organismo da ONU, que se recusou identificar as cidades ou países a que se refere, dirige-se aos “estádios que estão a aumentar o número de espetadores autorizados a ver um jogo”, violando os compromissos, mais prudentes, anteriormente assumidos.

As meias-finais e final da competição, a disputar no estádio de Wembley, em Londres, estavam previstas receber 40.000 espetadores. Porém, as autoridades britânicas anunciaram na terça-feira que vão permitir mais de 60.000 adeptos nas bancadas, que numa primeira fase de planeamento só iam receber 22.500.

Foi dada uma autorização até 22.500 espetadores na fase de grupos, com o primeiro jogo de Inglaterra com Croácia (1-0) a ter 18.497 espetadores, e o segundo, diante da Escócia, a ter 20.306 pessoas.

O governo já tinha acordado um aumento para os oitavos de final até cerca de 40.000 espetadores, mas agora Wembley recebe ‘luz verde’ para chegar a 75% da sua capacidade, quando o estádio londrino tem uma lotação de 90.000 lugares, escreve o SAPO24.

“Devemos agir rapidamente (…), aumentando os testes e o sequenciamento, acelerando o rastreamento de contactos e agilizando a vacinação entre as pessoas vulneráveis e em maior risco”, apelou a OMS.

Paralelamente, a UEFA exigiu do governo inglês uma flexibilização das restrições de viagem ligadas à covid-19 para cerca de 2.500 membros ‘VIP’ esperados para a final de 11 de julho, sendo que os media do país denunciaram ameaças de relocação dos jogos, caso essas medidas não fossem acatadas.

ZAP // Lusa

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