Governo tem mostrado ao país que “há quem esteja acima de tudo”

Estela Silva / LUSA

Inês de Sousa Real

Inês de Sousa Real acha que António Costa deveria “fazer uma reforma” no Executivo que lidera.

“O primeiro-ministro deveria fazer uma reforma no Governo. Não faz sentido não dar um sinal ao país de que não há quem esteja acima de tudo e de qualquer episódio”.

As palavras são de Inês de Sousa Real, que no sábado passado foi reeleita porta-voz do PAN, levando a melhor sobre Nelson Silva no congresso do partido.

A líder do PAN vai conversar em breve com Marcelo Rebelo de Sousa e vai deixar um apelo ao presidente da República: contributo para a estabilidade, para que “possa existir, de facto, um foco e uma prioridade nas preocupações dos portugueses”.

Em entrevista à rádio TSF, a deputada sublinhou que “é importante que haja uma estabilidade governativa para fazermos os avanços e as reformas estruturais de que o país precisa, e não deixaremos de levar esta mensagem ao presidente da República”.

“É fundamental que haja estabilidade governativa para que o crescimento económico que tantas vezes o Governo tem vindo a falar possa de alguma forma chegar às famílias”, reforçou.

As polémicas à volta de elementos do Governo, sobretudo no ministério das Infraestruturas, têm-se multiplicado. Mas há assuntos que continuam a ser prioridade para o PAN: “A preocupação dos portugueses com a crise climática, que não desapareceu como pano de fundo”.

E prolongou o tema: “A seca extrema que temos estado a assistir ou as cheias na vizinha Itália devem, convocar-nos para o maior combate das nossas vidas, que é a crise climática que temos estado a assistir”.

E repetiu o que tinha dito no congresso: “É um ano de profunda instabilidade política e tem estado a ser perdida a oportunidade única de investir fundos comunitários, nomeadamente do PRR. O investimento tem sido praticamente nulo em áreas como a conservação da natureza“.

Em relação ao ambiente dentro do partido, Inês assegura que o PAN “está não só está coeso, uno, como esta eleição vai reforçar uma visão para o partido e também para o país, assente na actuação do partido em prol dos direitos humanos, da protecção animal e ambiental”.

O próximo desafio eleitoral do PAN será, em princípio, as eleições europeias em 2024. Inês de Sousa Real prevê uma abstenção muito elevada em Junho do próximo ano mas espera “retomar a confiança dos eleitores”.

ZAP //

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