Marques Mendes considera também que a task force para a vacinação deve ser extinta em Outubro e que em Dezembro deve ser decidida uma terceira dose para os cidadãos acima de 65 anos.
No seu habitual espaço de comentário televisivo aos domingos, Luís Marques Mendes descreveu a reacção de alguns dos juízes dos Tribunal Constitucional à possível mudança para Coimbra como “absurda, provinciana, centralista e pacóvia“.
Em causa está uma proposta do PSD que já foi aprovada na generalidade e que aguarda votação na especialidade, depois de vários partidos terem criticado o oportunismo eleitoral dos sociais-democratas na corrida renhida com o PS para a autarquia de Coimbra.
O texto determina que a deslocalização do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal Administrativo de Lisboa para Coimbra, algo a que os juízes se opuseram e consideraram desprestigiante.
“Estes juízes podem perceber muito de Direito, mas não têm mundo. São sobretudo egoístas, porque dá-lhes jeito ter o Tribunal perto de casa“, afirmou o comentador.
O antigo líder do PSD opinou também sobre o Conselho de Ministros marcado para quinta-feira, onde o executivo vai decidir que novas medidas adoptar depois de ter ouvido os especialistas no Infarmed.
Marques Mendes avança que as discotecas vão abrir com certificado digital e que vai deixar de haver limites na lotação no comércio, nos casamentos, espectáculos culturais e restaurantes. A vacinação contra a gripe é também um objectivo do governo ao final do ano, aponta, e “já sem a task force da vacinação”, que deve ser extinta em Outubro.
“Em dezembro, o mais provável é ser decidido uma terceira dose para os que têm mais de 65 anos; e uma segunda dose aos recuperados da Covid, que já são cerca de 10% da população”, afirma. Os dados da vacinação em Portugal, que mostram que quase 85% da população está totalmente protegida, são também “impressionantemente positivos”.
Apesar do processo de vacinação estar muito avançado em Portugal, esse não é o caso em todo o mundo. Marques Mendes comentou o estado da vacinação no continente africano, onde só 6% da população tem uma dose e apenas 4% já concluiu o processo.
“É uma vergonha à escala global. Se o continente africano não for vacinado, não acaba a pandemia e podem surgir novas variantes”, afirma Marques Mendes. O conselheiro de Estado critica o “egoísmo mundial em torno das vacinas“, mas elogia Portugal por ter doado já 1.25 milhões de vacinas a África, o que é “mais do que outros países mais ricos”,
Autárquicas e Ferro Rodrigues
Sobre as eleições autárquicas marcadas para 26 de Setembro, Marques Mendes acredita que o PS vai garantir uma “vitória clara em número de Câmaras e votos”. No entanto, sublinha que os socialistas “já não tem grande potencial de crescimento mas tem folga para poder perder” e que se arriscam a perder Coimbra e algumas autarquias nos Açores.
A campanha está a ser “pobre de ideias” e António Costa destaca-se como “o grande protagonista. O conselheiro de Estado considera que está a haver um “excesso de governamentalização” nestas eleições e que são também “mentira” e “publicidade enganosa” as insinuações de que os autarcas socialistas serão “mais eficazes do que os outros” a usar os fundos da bazuca europeia.
Marques Mendes chega mesmo a dizer que é “um descaramento” e “quase pornografia eleitoral” a ideia de que os autarcas do PS terão “uma benção especial do governo” para aplicar os fundos europeus.
Já os insultos de que Ferro Rodrigues foi alvo por parte de negacionistas são um tema que “não deve ser ignorado nem desvalorizado”. “É intolerável. As autoridades devem actuar. Atacar a segunda figura do Estado é atacar o Estado de Direito”, considera o comentador.
“Se esta gente ganha um estatuto de impunidade, estes comportamentos vão crescendo, vão subindo de tom, ciavão aumentando de violên e minam a nossa democracia. O Ministério Público e os tribunais devem agir como deve ser, aplicando a lei”, remata.
A “baixa Maya” da SIC só diz o óbvio e, mesmo assim, erra na maioria das previsões…
*”bruxa Maya”
Neste momento o governo já deveria ter aberto os bares e discotecas ainda que com capacidade aquém da lotação total e mediante apresentação de certificado. Sempre se evitaria o que temos estado a ver um pouco por todo o país.