O Almirante Henrique Gouveia e Melo terá informado o Governo que não está disponível para ser reconduzido como chefe do Estado-Maior da Armada. Fica, assim, livre o caminho para uma candidatura a Belém – que deve ser anunciada em março.
Gouveia e Melo não quer ser reconduzido chefe do Estado-Maior da Armada.
A notícia foi avançada, na noite deste sábado, pelo Observador, que avança que o Almirante já informou o Governo, por intermédio de Nuno Melo.
O ministro da Defesa terá sido instruído por Luís Montenegro para aferir a disponibilidade de Gouveia e Melo para continuar à frente da Marinha.
Segundo o Observador, o Almirante não está disponível, apesar de, em declarações ao mesmo jornal, ter remetido o assunto para o Governo: “Quem poderá confirmar ou não essa informação é o Governo. Já foi tratado há algum tempo com o Governo“.
A confirmar-se, Gouveia e Melo abre caminho para uma corrida a Belém.
De acordo com a SIC Notícias, o anúncio da candidatura à Presidência da República deverá acontecer em março.
O mesmo canal refere que Gouveia é Melo – que deixa o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada a 27 de dezembro – deve passar à reserva nos finais de março e, nessa altura, deverá apresentar a candidatura a Belém.
Em 2021, em declarações à Lusa, o Almirante disse que não sentia necessidade de dar o seu contributo enquanto político, sublinhando que os militares e os políticos são completamente diferentes.
“Não sinto necessidade de dar [o meu contributo] enquanto político, primeiro porque não estou preparado para isso, acho que daria um péssimo político e também acho que devemos separar o que é militar do que é político, porque são campos de atuação completamente diferentes”, disse, naquela ocasião.
No entanto, já depois dessas declarações, em alusões a uma eventual candidatura, Gouveia e Melo recusou dizer “dessa água não beberei”.
Uma candidatura a Belém parece, agora, mais próxima do que nunca.