O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo deixou a porta aberta a um eventual futuro na política, nomeadamente uma candidatura à Presidência da República.
Henrique Gouveia e Melo marcou presença na tertúlia “Renovar, Recuperar e Reinventar”, que decorreu esta quarta-feira na antiga sede do Diário de Notícias, para assinalar o 157.º aniversário do jornal.
Questionado sobre se pondera candidatar-se a Presidente da República, o ex-coordenador da task force para a vacinação contra a covid-19 em Portugal disse que “o futuro a Deus pertence”.
“Não se deve dizer que dessa água não beberei“, respondeu Gouveia e Melo, abrindo assim, pela primeira vez, a porta a um eventual futuro na política.
“Não sou um ator político. Neste momento, sou um ator com uma missão e a única coisa em que tenho de estar focado é nessa missão, e não no futuro“, acrescentou.
Esse “ainda não se realizou e, até lá, muita coisa pode acontecer”. “Têm-me aconselhado a dizer que dessa água não beberei, que é uma frase muito forte. Não se deve dizer nunca ‘dessa água não beberei'”, repetiu o vice-almirante.
É a primeira vez que Henrique Gouveia e Melo admite tal possibilidade, depois de, em outubro, ter confessado esperar não se “deixar cair na tentação” da política. “Se isso acontecer, deem-me uma corda para me enforcar“, pediu, com humor.
“Não tenho de preparar o meu papel [para um cargo futuro]. Eu sou um militar e o papel é o que me derem. A democracia não precisa de militares”, disse, na altura. “Gosto muito de ser militar, mas o militarismo excessivo não faz sentido.”
Num encontro organizado pelo International Club of Portugal, em Lisboa, o vice-almirante disse que quando começaram a referir-se à sua pessoa como “eventualmente presidenciável”, isso o colocou “na arena política” e gerou uma “desfocagem do que era essencial”.
A questão foi resolvida quando se caracterizou como sendo “bruto” demais para ser candidato político.
Gouveia e Melo foi eleito, esta terça-feira, personalidade do ano pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP).
“O sucesso da estratégia de vacinação de Portugal foi notícia em todo o mundo. Os nossos correspondentes dedicaram muitas reportagens ao tema, que suscitou enorme interesse no exterior. Por isso, a escolha do vice-almirante Gouveia e Melo não demorou a conquistar o apoio da maioria dos profissionais”, explicou a jornalista Giuliana Miranda, presidente da AIEP, citada em comunicado.
Já tem a sensação, por leve que seja, que o poder político o deixou cair, esquecendo-se de lhe dar a chefia da Armada.
E antes que o Povo se esqueça dele, vai dando umas entrevistas e lá vai dizendo, agora, que não pode afirmar que desta água não beberei. Aprendeu a falar em todos os micros que lhe aparecem, quando é um militar no ativo que devia estar na sua caserna a trabalhar. Deram-lhe palco e agora somos levados a ouvi-lo a falar sobre os benefícios da vacina, qual cientista da saúde.
Uma coisa é certa. Atendendo ao péssimo desempenho que praticamente todos os nossos políticos até hoje evidenciaram, pelo menos desta vez tivemos a oportunidade de ver a coisa pública ser bem gerida. Não me lembro de muitos casos.
“Henrique Gouveia e Melo deixou a porta aberta a um eventual futuro na política, nomeadamente uma candidatura à Presidência da República.”
Mudam-se os tempos , mudam-se as vontades e as carteiras :::
Como perder a credibilidade, após uma certa “notoriedade”!………estou disposto a pagar a corda de forca, a fornecer a imprópria Agua para beber, a deixar a Deus o seu futuro. “Seria um péssimo Politico”, afirmava convicto este Ilustre Militar. De uma forma geral é o que se chama “Roer a Corda”. Candidate-se!…. mas não conte com o meu voto.