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Gonçalo Amaral condenado a pagar meio milhão de euros ao casal McCann

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Mario Cruz / EPA

O ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral

O ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral foi condenado a pagar 500 mil euros aos pais de Madeleine McCann, por danos causados com a publicação do livro intitulado “Maddie: A Verdade da Mentira”, disse à agência Lusa a advogada do casal britânico.

O tribunal cível condenou Gonçalo Amaral “a pagar a cada um dos primeiros [Kate McCann e Gearald McCann] o montante indemnizatório de 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil euros) acrescido de juros de mora, à taxa legal de juros civis, desde 05 de janeiro de 2010, até integral pagamento”.

Os juros de mora, segundo a advogada do casal McCann, situam-se neste momento nos 106 mil euros. Além deste pagamento, o tribunal decretou ainda a proibição da venda e de novas edições do livro, proibindo ainda novas edições do DVD, assim como a venda dos direitos de autor do livro e do DVD.

O tribunal já tinha dado como provado que o livro do ex-inspetor da PJ Gonçalo Amaral causara danos aos pais de Madeleine McCann.

A defesa dos pais da criança desaparecida alegou que o livro foi dado como pronto três dias depois de o procurador da República de Portimão, Magalhães Menezes, ter redigido o despacho de arquivamento do processo contra o casal McCann, com data de notificação de 29 de julho de 2008.

Mario Cruz / EPA

O ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral

O ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral

Para a elaboração do livro, em que o ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão Gonçalo Amaral defendeu a tese de que os pais de Madeleine estiveram envolvidos no desaparecimento e na ocultação do cadáver da criança, a advogada da família britânica, Isabel Duarte, sustentou que o autor usou peças processuais não autorizadas e proibidas.

Este processo arrasta-se no tribunal há mais de cinco anos, com sucessivos adiamentos de sessões de julgamento e uma tentativa de acordo extrajudicial entre as partes, que não chegou a ser concretizada.

Em 2010, no julgamento de proibição de venda do livro e do vídeo com o mesmo título, produzido após documentário exibido na TVI, o tribunal decidiu manter fora do mercado os dois produtos, que tinham sido alvo de providência cautelar de retirada provisória.

Em outubro de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a sentença de proibição de venda do livro e do vídeo e o casal britânico recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça, que rejeitou analisar o recurso, em março de 2011.

Madeleine McCann desapareceu quando tinha quatro anos, no aldeamento turístico da Aldeia da Luz, perto de Portimão, onde a família se encontrava em férias.

Kate e Gerry McCann sempre mantiveram a posição de que Maddie foi raptada. O caso foi reaberto recentemente pelo Ministério Público.

/Lusa

10 Comments

  1. Com todo devido RESPEITO e pactuante com a DOR dos PAIS e da outra CR. Mas ou a informação transmitiu informação errónea ou existe gato com rabo de FORA. Quando num carro usado muito antecipadamente é detectado odor (pelos cães especiais “cadáver”) da CR (antes do dado desaparecimento desta), quando um Avião particular aterra e levanta voo “sem registo” de voo (Origem destino, Caixa Negra (existe?) porque n foi o avião, piloto e dono investigados e até o avião cheirado pelos cães especiais da policia britânica), quando os PAIs se afastam para socializarem deixando CRs menores em casa vulneráveis. Quando o próprio PAPA abre excepção e recebe alguém (tem todo direito, sob que critérios) que não é presidente de PAÍS algum havendo muitos PAIS com a mesma DOR. Porque agiu a Scotland Yard só muito mais tarde. Porque as policias n acertaram ponteiros ou cada uma investigava paralelamente e depois juntavam-se para aferir informação. Pergunto existe ou não existe muitas pontas soltas de parte a parte e n sou investigador. Mas existe Lei respeitante à responsabilidade dos PAIS para com as CRs e Vice versa. Assim como no PAIS de Origem das CRs e ai ainda são muito mais severos. Não vi nada ainda de retorno nesse aspecto. Espero não estar a cuspir par o ar para q nada me caia em cima. Mas existe responsabilidades de todos incluindo do PAPA. Desculpem-me mas quem está de fora por vezes junta melhor as peças ou vê coisas onde n há. Espero que a encontrem sinceramente

  2. Amigos pessoais do Tony Blair matam filha acidentalmente com calmantes para jantarem tranquilamente no Algarve. Telefonam primeiro para as TVs inglesas do que para a polícia. Visitam o Papa e ainda sacam uma indemnização ao Inspector que foi despedido por fazer o seu trabalho. Até o Sócrates molhou o pão nesta caldeirada!

  3. Estes ingleses dão-me vómitos. Só tenho isso a dizer de gente que trata os filhos em férias como um “chatice”. O resto está no livro. Que conta factos. E releve-se um especialista inglês e a sua apreciação: “ela está a mentir”. Chega. Pobre miúda.

  4. Podia ter sido acidental mas os ingleses sabem o que aconteceu.
    Continuam a viver a custa da pobre criança e´muito bom ter
    dinheiro mas se for ganho honestamente.
    O sr. Amaral esta certo mas enfim continuamos a fazer a venia
    a essa cambada com o apoio das nossas autoridades.

  5. Esta casal McCann tem amigos muito influentes…Como diz o Sr Carlos Sousa há pontas soltas nesta história. Muitas informações foram ocultadas. E quem se lixou foi possivelmente quem escreveu a verdade…Mas aqui o que manda é conhecimentos influentes e dinheiro à mistura!

  6. É uma vergonha para todos os Portugueses, o que se tem passado com estes estes Mccann. dão -me vómitos, como todo este processo tem sido conduzido por estes políticos, que, de há séculos para cá, quando se trata de ingleses, quem manda são eles. Todos os governos em Portugal, se mostram sub-servientes, a estes presunçosos . A claro que está de caras, que a responsabilidade do desaparecimento da menina é desses vómitos em pessoa. Porque é que os mccann e seus policias não fizeram buscas na igreja e seus terrenos no Algarve. Que esse dinheiro lhes sirva de desgosto maior.

  7. Meus caros… Atenção ao exercício das fontes e aos crivos pessoais.
    Não basta por a boca no trombone que é como quem diz “debitar a jorros e não assumir responsabilidades”.
    Lá, ali como aqui, é preciso ter presente que o desconhecimento da lei não inibe responsabilidades. Ou o book ficcionava, ou era relatório de factos, ou continha insinuações-acusações graves sobre pessoas identificáveis? Os factos não foram provados, logo… Quem manda por a boca no trombone?

  8. Que parvoíce ter escrito o livro!! Se tinha informações tão exatas sobre o caso dava-as à PJ. Era esse o trabalho dele como Inspetor!

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