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O carro-bomba explodiu na cidade de Balashikha, a leste de Moscovo, matando Yaroslav Moskalik
Um alto funcionário militar russo foi morto esta sexta-feira na explosão de um carro num subúrbio de Moscovo, num caso que as autoridades estão a tratar como “ataque terrorista”. O incidente coincide com a chegada do enviado de Donald Trump a Moscovo para conversações de alto nível com Vladimir Putin.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia classificou o incidente como um “ataque terrorista”, e imagens de videovigilância mostraram um carro a explodir quando o Tenente-General Yaroslav Moskalik se aproximava dele num subúrbio de Moscovo.
O Comité de Investigação da Rússia, o seu principal corpo policial, lançou uma investigação criminal sobre a morte de Moskalik, que ocorreu quando um veículo armadilhado com um dispositivo explosivo improvisado detonou.
Segundo o The Washington Post, imagens de videovigilância do local sugerem que Moskalik estava a passar próximo do carro no momento da explosão.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, classificou o incidente como um “ataque terrorista“.
Em declarações a uma televisão estatal, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, culpou a Ucrânia pela morte de. “O regime de Kiev continua envolvido em atividades terroristas em território russo. Apesar das negociações de paz, devemos estar em guarda”, afirmou Peskov, citado pela australiana SBS News.
Moskalik participou nas negociações de 2015 após a anexação da Crimeia pela Rússia, de acordo com uma lista de participantes publicada no site do Kremlin, e foi membro da delegação russa durante a ronda final de conversações formato em 2019, que incluiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Os bloggers militares russos que apoiam a invasão da Ucrânia reagiram fortemente à morte de Moskalik. O influente canal Rybar descreveu-o como “um dos oficiais mais inteligentes e exigentes da Direção Principal do Estado-Maior”.
Moskalik “não muito apreciado, porque exigia resultados e era implacavelmente duro com os seus subordinados”, nota o canal, que descreve o caso como um assassinato e comparou-o ao homicídio do Tenente-General Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Radiológica, Biológica e Química, em dezembro de 2024.
“Dada a natureza de alto perfil do alvo e o método de execução, há poucas dúvidas de que os serviços especiais ucranianos estiveram envolvidos“, afirma o Rybar.
O Comité de Investigação da Rùssia disse na altura que Kirillov foi morto por um explosivo detonado remotamente, plantado numa trotinete estacionada fora de um complexo residencial em Moscovo.
A Ucrânia não assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas funcionários anónimos do serviço de inteligência consideraram-no como “um “alvo legítimo“.
Witkoff está a reunir-se com Putin pela quarta vez, numa altura em que as conversações de paz atingiram um ponto crítico. Trump afirmou na quarta-feira que a Rússia estava pronta para um acordo, mas que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estava a revelar-se difícil.
A Ucrânia aceitou uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total em março, mas a Rússia não.
A Casa Branca propôs desde então condições cada vez mais generosas para a Rússia, incluindo o reconhecimento pelos EUA da soberania russa na estratégica Península da Crimeia, que foi invadida e anexada ilegalmente por Moscovo em 2014. Zelensky exigiu um cessar-fogo antes de falar sobre concessões.
Guerra na Ucrânia
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26 Abril, 2025 General russo de alta patente morto em “ataque terrorista” à chegada de Witkoff a Moscovo
“ataque terrorista” Boa piada russa.