Confinado num hotel de luxo, funcionário abre 1400 torneiras a cada cinco dias

O diretor de engenharia do hotel W Barcelona, em Espanha, está a viver sozinho no estabelecimento turístico para garantir o seu pleno funcionamento até ao dia da reabertura.

No âmbito das medidas impostas pelo Governo espanhol para conter a propagação do coronavírus, o hotel W Barcelona, situado no famoso passadiço de La Barceloneta, fechou portas no dia 17 de março.

De acordo com o jornal New York Times, citado pelo site RT, desde então, Daniel Ordóñez encontra-se confinado no interior deste hotel de luxo para garantir a manutenção do estabelecimento até ao dia da reabertura.

Como diretor de engenharia do hotel, Ordoñez é responsável, há mais de dois meses, por realizar as tarefas de manutenção necessárias para evitar a deterioração das instalações. Uma delas, conta o jornal norte-americano, é supervisionar as 1400 torneiras do edifício, uma tarefa que deve ser realizada a cada cinco dias.

“Cada torneira tem de estar em funcionamento durante cinco minutos, por isso, a tarefa leva-me um dia completo. Provavelmente, é a parte mais aborrecida do meu trabalho, mas é necessária”, explicou Ordóñez.

Embora esteja a viver sozinho no 24.º andar do edifício, também conhecido como Hotel Vela, nem tudo corre mal na vida deste diretor de engenharia. O funcionário pode desfrutar de uma vista incrível da cidade espanhola e das instalações de luxo. Em média, um quarto custa cerca de mil euros por noite.

No início de maio, Espanha iniciou a primeira fase do plano de desconfinamento, com a abertura parcial do pequeno comércio. Hotéis e alojamentos turísticos também puderam reabrir, mas sem utilização de áreas comuns e com a ocupação limitada.