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França anuncia novo confinamento a partir de sexta-feira

Cugnot Mathieu / EPA

O presidente francês, Emmanuel Macron.

Emmanuel Macron anunciou hoje que o país vai voltar a um confinamento total a partir de sexta-feira. O presidente francês disse que vai “assumir a responsabilidade total” pelas medidas a introduzir.

Macron explicou que as medidas vão ser reavaliadas a cada 15 dias, mas que está previsto que sejam mantidas até dia 1 de dezembro. O primeiro-ministro francês reuniu esta terça-feira com os líderes de todos os partidos políticos, para analisar os cenários possíveis para travar a propagação de covid-19.

“Decidi que é necessário determinar, a partir de sexta-feira, o confinamento em todo o território nacional. As escolas ficarão abertas, e os lares podem receber visita. Tal como na primavera, podemos sair de casa para ir trabalhar, ir a consultas médicas, dar assistência aos familiares, fazer compras ou fazer breves passeios junto às nossas casas. Bares e restaurantes vão fechar. Funcionários e empregadores que não possam trabalhar continuarão a beneficiar de desemprego parcial”, detalhou Macron.

Ao contrário do primeiro confinamento no país, as escolas vão permanecer abertas; as pessoas vão poder sair para ir trabalhar por questões de saúde ou para comprarem alimentos e bens essenciais; e as visitas aos lares serão permitidas.

As fronteiras com os países vizinhos vão continuar abertas, mas apenas para cidadãos europeus, avisou o líder francês. Serão ainda disponibilizados testes rápidos para travar a entrada de pessoas infetadas em França.

“Creches, escolas, colégios continuarão abertos com protocolos de saúde fortalecidos. Pelo contrário, faculdades e estabelecimentos de ensino superior oferecerão cursos online. Sempre que possível, o teletrabalho será generalizado novamente. Mas, esta é uma segunda diferença em relação à primavera, os balcões dos serviços públicos continuarão abertos. As nossas fronteiras internas ao espaço europeu permanecerão abertas e, salvo exceções, as externas permanecerão fechadas. Quanto aos cemitérios, neste período marcado pelo Dia dos Finados, permanecerão abertos e quero que possamos continuar a enterrar os nossos entes queridos com dignidade”, acrescentou.

De acordo com o Observador, Macron apontou dois pontos de preocupação em França: o número de contágios duplicou e, neste momento, 58% das camas de cuidados intensivos estão ocupadas. Se nada for feito, em meados de novembro a capacidade dos cuidados intensivos estará esgotada.

Macron reforçou que é preciso proteger os doentes mais vulneráveis e os profissionais de saúde, sem esquecer a economia.

ZAP //

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