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Fotógrafo que salvou criança é o improvável herói da guerra na Síria

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Marodriguez1971 / Twitter

Fotógrafo sírio Abd Alkader Habak em lágrimas após salvar criança em bombardeamento perto de Aleppo.

Fotógrafo sírio Abd Alkader Habak em lágrimas após salvar criança em bombardeamento perto de Aleppo.

O fotógrafo sírio Abd Alkader Habak transformou-se num improvável herói do conflito que prossegue no país do Médio Oriente, depois de ter sido fotografado a salvar uma criança e a chorar, após o bombardeamento a um comboio humanitário perto de Aleppo.

A imagem do fotógrafo de joelhos no chão, a chorar, com as labaredas a consumirem os carros como pano de fundo e o corpo de uma criança morta em primeiro plano, está a correr o mundo.

Abd Alkader Habak estava em Rashidin, perto de Aleppo, a registar imagens da evacuação de civis de áreas sob bombardeamento quando um comboio humanitário foi alvo de um ataque. Morreram 126 pessoas, entre as quais 68 crianças.

O fotógrafo conta ao Channel 4 News que “estava sentado ao lado de um carro, a distribuir comida às crianças” quando “houve uma grande explosão”.

“A minha câmara caiu ao chão e fui lançado para trás”, revela Habak, salientando que enquanto estava a filmar, percebeu que um rapaz precisava de ajuda. Foi então que deixou a câmara a gravar e foi retirar a criança da zona das chamas.

“Olhei para o rosto dele e percebi que estava a respirar. Então peguei nele e comecei a correr em direcção à ambulância. Não sei o que aconteceu à criança, mas coloquei-a numa ambulância que a levou para um dos hospitais dentro da área dos rebeldes”, revela ainda Habak no Channel 4 News.

Pelo Twitter, várias pessoas têm destacado o gesto de Habak, nomeadamente o jornalista espanhol Miguel A. Rodríguez, sublinhando o momento em que “um fotógrafo quebra após salvar vidas”.

O próprio Habak fez, através do seu perfil do Twitter, referência à imagem lembrando que outros elementos da imprensa, presentes aquando da explosão, também socorreram as pessoas.

“O que eu e os meus colegas fizemos hoje, é o que inspira a nossa humanidade face aos que foram parceiros na morte das crianças de Khan Sheikhan”, escreve o fotógrafo numa alusão à cidade onde ocorreu um ataque com armas químicas e que terá sido levado a cabo pelo exército da Síria.

Antes da explosão em Rashidin, Habak tinha publicado uma mensagem no Twitter a dizer que estava à espera da “chegada dos pais” e dos autocarros com as pessoas de Kfraya e Al-Fu’a, que estavam à espera de ser evacuadas no momento em que se deu a explosão, no passado sábado.

O fotógrafo tem documentado a guerra na Síria, publicando na rede social diversas imagens registadas em plena zona de conflito, em Aleppo, nomeadamente os pós-bombardeamentos da aviação russa com bombas de fósforo.

SV, ZAP //

6 Comments

  1. Oh oh oh… mas que notícia tão mal dada! (isto é deturpada!) Então o jornalista não sabe que não foi um bombardeamento mas sim um atentado suicida por parte de um dos grupos de terroristas islâmicos que não aceitam o acordo de transferência de populações entre o governo Sírio e os outros grupos fundamentalistas?…
    E que as populações atingidas são Shiitas apoiantes do governo Sírio e do seu presidente?
    Mas já parece ter a certeza que foi o exército sírio que fez o “bombardeamento com armas químicas” (aquelas que foram todas destruídas em 2014 segundo a OPCW (Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons) excepto em dois locais inacessíveis por estarem nas mãos dos terroristas… Já agora é bom que se diga que ainda NINGUEM apresentou provas desse bombardeamento químico, na base aérea bombardeada pelos EUA afinal de contas NÃO encontraram armas químicas e até um professor/perito do MIT diz que as evidências no relatório americano apontam antes para uma “false flag”. BNão quer dar essa notícia? Isso sim seria informação independente!

    • Só para ficarmos com uma ideia mais contextualizada da sua opinião, diga-nos lá por favor Newton_pt, qual das seguintes frases descreve melhor o senhor Bashar Hafez al-Assad :
      a) É um bondoso e inocente líder do seu povo vítima das maquinações dos patifes dos imperialistas ocidentais…
      b) É um ditador sanguinário que esmaga brutalmente o seu povo, filho de um ditador sanguinário que esmagava brutalmente o seu povo
      Nenhuma das opções precisa de descrever 100% o senhor Assad. Diga-nos lá apenas, já que tem opinião sobre o assunto e a partilhou, qual se aproxima um pouco mais.

      • Caro FSC, não seja maniqueísta. Algo do que escrevi lhe desagradou? Então procure informar-se (procure a informação, não se deixe submergir pela que lhe enfiam passivamente aquele$ que controlam os media$). Não acredito em nenhuma das hipóteses que coloca até porque não sei o suficiente da história passada daquela região para ter certezas. Agora o que sei – porque tenho seguido nos últimos anos a região – é que a Síria era o país onde havia mais liberdade religiosa (são os cristão locais que o dizem) e as mulheres gozavam de mais direitos. Ao contrário de ditaduras como Arábia Saudita, Quatar, e outros bons clientes das armas Inglesas e Americanas (pode incluir israel). Acontece também que o Assad continua a contar com forte apoio de parte da população (muito mais do que, por exemplo, hoje o François Hollande em França) e compete a esse povo – e a mais ninguém – fazer as suas escolhas. Já agora se quer formar opinião sobre o homem, procure comparar uma entrevista do Assad (procure na net) e, por exemplo do Trump ou do Inglês Boris Jonhson (tem muito por onde escolher nos “líder” ocidentais) e depois procure responder às suas próprias perguntas.

  2. caro newton seja o governo sirio ou os jhiadistas vai dár ao mesmo, e demais os americanos têm razão pois são apoiantes da liberdade, não vamos confundir interesses de negoçios, como qualquer outro pais têm, seja no que for, eles(americanos) e europeus são os defensores do mundo livre, sem eles matavamos-nos uns aos outros prefiro americanos do que russos ou outros ditadores, viva os paises de democraçia e liverdade, pelos vistos voçê é a favor de ditadores assassinos , vá para os paises deles viver, eu considero-me um sirio de allepo

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