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Fotografia de criança a ver fogo de artifício está a causar indignação no Brasil

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A fotografia de uma criança de raça negra a ver fogo de artifício durante as celebrações de ano novo na praia de Copacabana, no Brasil, está a causar discussões sobre os preconceitos raciais no país.

Aparentemente sozinha, uma criança negra olhava maravilhada para o céu, enquanto via fogo de artifício, na noite de passagem de ano na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Lucas Landau, um fotógrafo que estava na praia a fotografar as milhares de pessoas que ali se juntaram para celebrar a noite de passagem de ano, decidiu entrar dentro de água para fotografar a criança. A fotografia, partilhada a preto e branco pelo fotógrafo, causou alvoroço nas redes sociais.

Segundo o El País, a fotografia em causa já foi partilhada milhões de vezes no Twitter, causando a discussão sobre questões raciais no Brasil.

As primeiras publicações da fotografia, a maioria feita por utilizadores brasileiros, dão conta de que a imagem reporta “a invisibilidade do nosso dia-a-dia”. Chegam mais longe e afirmam que a fotografia é “a imagem da exclusão social brasileira“.

Muitos utilizadores viram na fotografia uma criança perdida, assustada e de raça negra, conta o jornal espanhol. Na publicação original, no Twitter de Landau, a fotografia contou com mais de 15 mil “gostos” nas primeiras 48 horas.

Citado pelo El País, o escritor Anderson França garante que o problema não reside na fotografia, mas sim na sua interpretação e no seu contexto. “As pessoas que olham para a fotografia estão condicionadas a entender que a imagem de uma pessoa negra está associada à pobreza e ao abandono“.

Segundo o escritor, este é um problema de racismo estrutural que resulta da “má educação” do povo brasileiro, dado que “a fotografia nada mais é do que uma criança numa praia”.

A fotografia de Landau está a ser utilizada, até, para propaganda de páginas associadas à esquerda brasileira.

O autor da imagem preferiu não comentar o assunto com o jornal espanhol pelo menos até encontrar a família da criança, mas, como não sabe como se chama nem onde vive, encontrá-la parece ser uma missão impossível. No entanto, lança um apelo para que o contactem caso conheçam o menino.

“Eu estava a trabalhar, a fazer fotografias das pessoas a ver o fogo de artifício e ele estava ali, como os outros, deslumbrado. Como entrou dentro de água, distanciou-se das pessoas. Não sei se estava sozinho ou com a família. Todas as interpretações são legítimas. Existe uma verdade, mas nem sei qual é”, escreveu o fotógrafo, na sua página de Facebook.

ZAP //

16 Comments

  1. É… Está mesmo provado que a maldade está na mente das pessoas… Só quem quer ver “mal” aqui é que “vê” a polémica. Não há qualquer polémica excepto a criada por parvalhões (e parvalhonas) que nada têm a fazer que encontrar “coisas” onde elas não estão. VERGONHA!
    O fotógrafo terá dito “Todas as interpretações são legítimas”. Bem… Nem todas! A fotografia retrata o que lá está! Não retrata o que se é inventado. E a fotgrafia está uma maravilha! Não estraguem esta obra de arte com fofocas sem sentido…
    Numa noutra nota: “O autor da imagem preferiu não comentar o assunto” (…) “pelo menos até encontrar a família da criança, mas, como não sabe como se chama nem onde vive, encontrá-la parece ser uma missão impossível. No entanto, lança um apelo para que o contactem caso conheçam o menino.”. Pois… Sem autorização da família ele não poderia publicar a foto (e evntualmente ganhar dinheiro com ela) e muito menos outros (como a esquerda brasileira) utilizar esta foto em proveito próprio (sem autorização do autor, que tem de ter a autorização da familia antes). Há uma coisa que se chama DIREITOS DE AUTOR!!!… e é aplicavel em todo o Mundo!

  2. Está mais que visto que se fosse uma criança branca ninguém ficaria indignado.
    Aos que ficam indignados os meus “pêsames”, pois esses são os “racistas”….
    Aos outros os meus parabéns, pois só vêm a beleza da foto e não descriminam.

  3. mais um nao assunto que se lança nos midia para gerar polemica , comentarios, criar conflitos….
    a foto esta muito bonita…..mas tambem nao tenho a certeza que seja ocasional. afinal o fogo estava a ser lançado para o lado onde todos estavam virados ou para o lado do fotografo? ai ai… nao me digam que o menino estava a ver “olha o passarinho “!!!!!
    quem conhece copacabana à hora do fogo de artificio sabe que uma foto destas é praticamente impossivel pois todo o mundo esta virado para o mar a ver o fogo o que contrasta com a fotografia ou ja nao havia fogo e as pessoas estavam viradas para a marginal a ver a anita e era impossivel o menino estar olhando o fogo que ja tinha acabado de arder…. talvez o fotografo lhe tenha dito …”.olha ali aquela luzinha… deixa te estar ai queitinho..cruza as maozinhas vai, imagina que esta frio.. em copacabana estavam 30º, pelo menos….. ai ai estes publicitarios e certas mentes perturbadas. e o jornalismo de sempre…..

  4. Estou mesmo a ver que a melhor solução é termos nós portugueses que voltar ao Brasil e embarcarmos todos os negros de volta para África para ver se se acabam os preconceitos racistas que muitos teimam em apontar sempre que qualquer coisinha mexe nas suas mentes acerca de cor entre humanos, o pior problema é que já não temos caravelas e os navios a vapor que existiam em 1974 foram todos para a sucata restam-nos agora apenas em pequeninos barquinhos à vela.

    • Parabéns pela colocação. Sou brasileira e queria que todos os negros e seus descendentes que se acham injustiçados voltassem pra África.

      • Cara Aida, não coloque a questão desse modo. Não é necessário que alguém se sinta injustiçado para que o racismo exista. Tal como pode haver quem se sinta injustiçado, mesmo que não haja racismo.
        Mas eu, que sou bem branco e europeu, lembro-lhe que esse desumano sentimento sempre existirá, mesmo que não seja o seu caso, o que duvido, dado o modo como se exprimiu. Aliás é muito natural que assim seja, considerando a mentalidade reinante nos primórdios da civilização latina em terras brasis, civilização que, neste âmbito, poderá (não é afirmação, apenas hipótese) não ter evoluído o suficiente. Nessa época, até o grande António Vieira, que defendia a dignidade humana do nativo Índio, não o fazia de igual modo em relação aos escravos negros, arrancados à Mãe África para aí servirem os interesses coloniais e não só.
        Terá esse modo de sentir e de pensar desaparecido completamente?

  5. Este moleque negro tem casa, tem pais que o alimentam e abrigam. Nada há de errado em uma foto de um moleque teimoso que quis entrar no mar para ver os fogos (não muito) longe da família.

  6. Parabéns pela colocação. Sou brasileira e queria que todos os negros e seus descendentes que se acham injustiçados voltassem pra África.

    • O problema é que eles por lá também não se sentem felizes, o mar mediterrâneo é todos os dias testemunha disso mesmo ao procurarem a Europa e muitos ficarem irremediavelmente lá sepultados, na prática a libertação comunista que assolou por toda a África nada de melhor lhes trouxe para o seu futuro bem pelo contrário!.

      • Navego pelo Mediterrâneo e Adriático todo ano. Sei da invasão árabe e africana por estar exposta a isso. Näo deveriam ser aceitos na Europa, e sim reconduzidos a países africanos e árabes. Näo haveria a degradação social, econômica e cultural que há hoje na Europa. Nada a ver com racismo. É fato.

      • Cara Aida, deixei o meu retruque a comentário seu anterior. Agora volto a fazê-lo em relação a este.
        Estranho que alguém que diz navegar todo o ano pelo Mediterrâneo e Adriático tenha uma visão tão básica e redutora sobre o que tem acontecido aqui para os meus lados. Está a esquecer-se dos milhares de brasileiros que também andam por cá, e você mesma, segundo diz.
        A solução não está na recondução dessa gente às suas terras de origem, mas sim no “ataque” às causas que deram e dão origem a tão grande avalanche migratória. Subjacentes a tudo isso estão as diabólicas intenções de quem quer ver a Europa definhar. São os mesmos que procuram desestabilizar o mundo com o fim de conseguir milhões de $$$, qualquer que seja a moeda de troca, pela venda das armas que fabricam. São os mesmos que contam vir a apossar-se dos países postos em desgraça e a desertificar, para deles se servirem com os fins que só eles conhecem.
        Em vez da provocação de tais êxodos, não seria mais legítimo, mais humano, mais pacífico, mais barato, melhor para a Humanidade, ajudar esses povos a criar condições sustentáveis de sobrevivência – dar-lhes a cana e ensina-los a pescar, para usar aqui uma imagem bíblica?
        Só que, como é sabido…, só vivendo da desgraça alheia se consegue mandar no mundo.

  7. Em primeiro lugar, ninguém vê a mesma coisa, da mesma maneira. Logo, são naturais as diferenças de interpretação…
    Depois, como se vê pelos comentários o racismo não pode ser erradicado (ou sequer discutido) por racistas.
    Finalmente acredito que no Brasil haja racismo, como o há em TODA a parte. Racismo do mais forte que se acha com mais direito a… Desde logo o branco que tenta exterminar o indígena e pôr ao seu serviço outras cores… Aconselho a ver as imagens publicadas no Facebook de diversas U.brasileiras que mostram professores e alunos…

    • Ainda não entendo o que brasileiros vão cheirar na europa ou américa do norte. Apesar de tudo estamos entre as dez maiores economias do mundo e colocamos vários paises dentro do bolso em tamanho, território e riquesas, nos falta o mesmo orgulho e malícia de outros paises.

  8. O resto do mundo poderia devolver o que roubaram da América do Sul e principalmente do Brasil que voltaríamos para casa milionários. Mas as leis e os direitos pela historia que ensinam só valem a partir do esquecimento da era das colonizações. Não é?

  9. Gostaria de ver a avaliação de pessoas de paises com moral para falar em miséria, preconceito, mentiras e enganação, paises que não tivessem as mãos sujas de colonizadores, exploradores e sanguessugas da terra.

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