A venda do Novo Banco deverá ser adiada para depois das eleições e há mesmo quem já diga que os chineses da Fosun desistiram do negócio.
De acordo com informações apuradas pelo Diário Económico, a venda do Novo Banco deverá ser adiada para depois das eleições, uma vez que tanto o Governo como o Banco de Portugal consideram que a oferta da Fosun é muito baixa.
A oferta final do grupo chinês prevê um encaixe líquido para o Fundo de Resolução de apenas 1,5 mil milhões de euros, metade da fasquia mínima pretendida pelo Banco de Portugal, avança o mesmo jornal.
Segundo fontes ligadas ao processo da venda, o objetivo será anular o atual processo e relançar um novo concurso, depois das eleições de 4 de outubro.
Os resultados dos testes de ‘stress’ europeus também serão conhecidos em novembro, fator que frequentemente tem sido apontado como o principal entrave à venda do Novo Banco, devido aos altos riscos que representa.
Este adiamento cria um novo problema ao Fundo de Resolução, dado que terá de ser esta entidade a capitalizar o banco.
O Económico chega mesmo a dizer que a Fosun não estará muito “convencida do sucesso do negócio”, já que, contrariamente ao que foi noticiado, não veio a Lisboa nenhum responsável do grupo para começar as negociações.
Esta sexta-feira é apontada, por fontes ligadas ao processo, como a data limite para o desfecho das negociações, pelo que deve estar próximo o anúncio oficial da suspensão da venda.
Recorde-se que, no início deste mês, os chineses da Anbang desistiram da compra do Novo Banco.
Segundo notícia avançada pela SIC Notícias, a Fosun também já desistiu do negócio e diz saber que as negociações avançam agora com os americanos da Apollo.
ZAP
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