“A Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto de natureza técnico-militar quanto de outra natureza”, reage o Kremlin.
A Finlândia deverá mesmo juntar-se à NATO, deixando décadas de neutralidade neste contexto.
Nesta quinta-feira o presidente e a primeira-ministra do país nórdico comentaram que a Finlândia “deve solicitar a adesão à NATO sem demoras”.
“Esperamos que as medidas nacionais que ainda são necessárias para se chegar a uma decisão sejam tomadas rapidamente nos próximos dias” – essa decisão deve ser anunciada no próximo domingo.
A Rússia já reagiu. O Ministério dos Negócios Estrangeiros avisou que esta adesão “é uma mudança radical na política externa do país”.
E os russos vão reagir, incluindo a possibilidade de essa retaliação se verificar a nível militar: “A Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto de natureza técnico-militar quanto de outra natureza, a fim de impedir que surjam ameaças à sua segurança nacional”.
“Helsínquia deve estar ciente da responsabilidade e das consequências de tal medida”, continuou o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
Ainda antes deste aviso, o comentador Filipe Vasconcelos Romão havia dito na rádio Antena 1 que esta decisão poderá ser vista como um “acto hostil”, por parte de Vladimir Putin.
“É de prever um agravar da relação entre Ocidente e Moscovo. E a Rússia pode responder de três formas: discurso mais musculado mas sem consequências polícias, discurso e retaliação política, ou responder no terreno, escalando a guerra na Ucrânia”, alertou o especialista.