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Filha ilegítima de Alberto II passa a ser oficialmente princesa dos belgas

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TellMeMore Media / Flickr

Delphine Boël

A artista Delphine Boël, nascida de uma relação extraconjugal do rei emérito dos belgas, Alberto II, foi hoje oficialmente designada princesa, após uma decisão do tribunal de Bruxelas que analisou o processo de reconhecimento da paternidade do monarca.

Sete anos após Boël ter iniciado o primeiro processo de reconhecimento de paternidade, em 2013, a artista vai agora mudar o seu nome para o do seu pai, para Saxónia-Coburgo-Gotha, informou a emissora pública belga RTBF.

Os filhos de Delphine Boël, Josefina e Oscar, também se tornam princesa e príncipe dos Belgas e serão designados “Sua Alteza Real”.

Em declarações recolhidas pela agência belga, o advogado da artista, Marc Uyttendaele, disse que a sentença dá à sua cliente “plena satisfação” e aplaudiu o facto de as suas exigências para ser tratada “em pé de igualdade com os seus irmãos e irmãs” terem sido satisfeitas.

“Ela está satisfeita com esta decisão que põe fim a um longo e doloroso processo para ela e para a sua família. Uma vitória legal nunca irá substituir o amor de um pai, mas oferece um sentido de justiça”, acrescentou o advogado.

A existência de Boël, de 52 anos, tornou-se do conhecimento público em 1999, na sequência da publicação de uma biografia não autorizada da rainha Paola.

Em maio de 2019, o Tribunal de Recurso em Bruxelas ordenou ao antigo monarca, de 86 anos, que fizesse um teste de ADN para comparar a informação genética com a da sua alegada filha.

Alberto II confirmou em 27 de janeiro que os resultados do teste de ADN a que foi submetido, por ordem do tribunal, mostraram que ele é o pai biológico da artista.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. É um pequeno conforto saber que por esse mundo fora, ainda existem tribunais independentes do poder e dos poderosos. E uma nota: sou de um casal de belgas que vivem e adoram Portugal e que, com um sentido de humor finíssimo, consideram que a Bélgica é o “Alentejo” europeu. E têm razão no grande elogio do melhor que Portugal tem: o Alentejo.

  2. Se, de facto, existem reais provas documentais para a aludida ususpação no caso português, porque não recorrer aos tribunais e, no limite, ao tribunal internacional?

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