Uma equipa de investigadores criou uma nova versão de uma ferramenta de edição de genes CRISPR que custa apenas 23 cêntimos para produzir. A original tem um custo entre os 3 mil e os 10 mil dólares.
As ferramentas de edição de genoma têm aplicações fundamentais para a ciência e são muito importantes para um laboratório. No entanto, são também muito caras, podendo custar entre 3 mil e 10 mil dólares. Investigadores da Georgia Tech, nos Estados Unidos, criaram uma nova versão que custa apenas 23 cêntimos.
Mais barata do que um garrafão de água, pode ser produzida por uma fração do preço original. Um estudo foi publicado este mês na revista científica PLOS Biology.
A ferramenta criada, ‘batizada’ de ElectroPen, consegue gerar pequenas rajadas de mais de 2 mil volts de eletricidade, recorrendo a objetos comuns do quotidiano. Um isqueiro, um fio banhado a cobre, um isolador de fio e fita de alumínio são suficientes para produzir a ElectroPen. Além disso, demora apenas 15 minutos a montar todas as peças.
Apesar de não ser idealizada para o uso avançado em laboratórios, os seus criadores acreditam que pode ser útil para estudantes em aprendizagem, tanto em escolas como em universidades. Segundo a Inverse, em último recurso, pode também ser usada por pessoas que trabalham em localizações remotas sem acesso a eletricidade.
“Nós não a testamos com células de mamíferos”, disse o coautor do estudo Saad Bhamla. “Para dar esse salto, é preciso fazer muitos mais testes”.
Este é apenas o primeiro de um projeto levado a cabo por Bhamla, que pretende continuar a produzir versões de dispositivos dispendiosos por um preço incrivelmente barato. O objetivo agora é produzir um aparelho auditivo por apenas um dólar.
Vejam bem o que escrevem neste artigo porque está completamente errado. Se virem o artigo original, o que os autores referem é a criação de um eletroporador de baixo custo. Este é um equipamento que abre poros na membrana nuclear e que eventualmente permite a entrada de material genético na celula. A tecnologia de crispr é uma tecnologia que serve para cortar o dna numa zona de interesse e manipular essa zona. Ao ler o vosso artigo estão a misturar coisas muito diferentes. A eletroporacao é algo que se faz há muitos anos para a entrada de plasmideos, como no estudo referido, enquanto que a técnica de crispr é muito recente.