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Fauci fala de “sentimento libertador” após saída de Trump da Casa Branca

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Kevin Dietsch / EPA Pool

O infeciologista Anthony Fauci, o principal rosto da Casa Branca no combate à pandemia de covid-19, admitiu um sentimento “libertador” após a saída da administração de Donald Trump e afirmou que poderá agora falar sobre Ciência sem medo de eventuais “repercussões”.

Em declarações aos jornalistas no seu primeiro briefing na Casa Branca com o recém-empossado Presidente Joe Biden, Fauci admitiu estar mais confortável em fazer o seu trabalho. “É muito claro que algumas coisas foram dita, seja sobre a hidroxicloroquina ou sobre outras coisas, que realmente foram desconfortáveis porque não foram baseadas em factos científicos”, começou por dizer o especialista, citado pela revista Vice.

“Não tenho nenhum prazer em estar numa situação em que tenho de contradizer o Presidente”, continuou, acrescentando: “A ideia de poder chegar aqui e falar sobre aquilo que se sabe – sobre o que são as provas, o que é a Ciência –, de deixar a Ciência falar, é, de certa forma, um sentimento libertador”.

O especialista procurou contornar a discussão em torno da antiga administração, mas estabeleceu uma diferença com a atual: “Uma das novidades agora é que, se não sabemos a resposta, não tentamos adivinhar. Basta dizer que não sabemos a resposta”.

 

Fauci estimou ainda que a população norte-americana poderá regressar a uma vida com alguma normalidade no final do verão. “Se vacinarmos cerca de 70 a 85% do país, digamos no final do verão, no meio do verão (…) Acredito que quando chegarmos ao outono estaremos estaremos a aproximar-nos de um grau de normalidade. Não vai ser perfeitamente normal, mas acho que vai tirar muita pressão dos americanos”.

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 2.092.736 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais até às 11:00. Mais de 97.457.370 casos de infeção de SARS-CoV-2 foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 59.236.900 pessoas já foram consideradas curadas.

Os países que registaram o maior número de novas mortes em seus últimos levantamentos são os Estados Unidos com 4.045 novas mortes, o Reino Unido (2.539) e o México (1.803). Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 410.378 mortes para 24.632.468 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Sara Silva Alves, ZAP //

 

3 Comments

  1. E nós, isto é 500 milhões de portugueses, querem uma palhaçada semelhante à que os EU experimentaram nos últimos quatro anos! Gostaram do que viram e sabe-se lá se, um dia, não irão ingerir lixívia, receitada por algum vendedor de banha de cobra, semelhante ao Trump!! O que este homem sofreu nas mãos de um dos governantes mais imbecis dos nossos tempos! Que Deus ( o nosso,não o deles ) nos livre de tal subjugação! Que alívio, mr. Fauci!!

  2. Roma não costumava pagar a traidores!
    Sertório que o diga! Ah é verdade, não pode dizer. Os romanos mataram-no depois do que ele fez ao Viriato.

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