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Farage não é candidato às legislativas de dezembro. Sondagem dá vitória a Boris

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O político eurocético Nigel Farage anunciou no domingo que não será candidato nas eleições legislativas britânicas de 12 de dezembro, preferindo percorrer o país para apoiar as centenas de candidatos do Partido do Brexit, que lidera.

“Refleti muito [sobre essa questão]”, afirmou em declarações à BBC Nigel Farage, que por sete vezes tentou, sem sucesso, ser eleito para a Câmara dos Comuns.

“Tento ser eleito para o Parlamento ou será que sirvo melhor a causa percorrendo todo o Reino Unido para apoiar os 600 candidatos? Decidi que a última opção é a melhor”, acrescentou o antigo trader no mercado financeiro de Londres, de 55 anos, assegurando que não pretender “passar o resto da vida na política”.

Farage voltou a criticar o acordo de saída da União Europeia (UE) negociado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, afirmando que era um Brexit favorável aos apoiantes da manutenção do Reino Unido na UE.

O Partido do Brexit foi fundado no início deste ano para pressionar o Governo conservador a romper com a UE e foi o mais votado nas eleições europeias de maio, com 31,6% dos votos. Porém, ainda não tem assento na Câmara dos Comuns.

Entretanto, uma sondagem realizada pelo The Telegraph dá uma vitória dos Conservadores, de Boris Johnson, atual primeiro-ministro do Reino Unido, com 36% dos votos, com oito pontos percentuais de vantagem sobre os trabalhistas. Em seguida parecem os trabalhistas com 28%, os liberais democratas com 14%, e com 12% o partido do Brexit com 12%.

O Reino Unido aceitou na semana passada um novo prolongamento do processo para o Brexit, que estava previsto terminar na quinta-feira, mas que agora pode ser concluído até 31 de janeiro. Boris Johnson já pediu desculpa por não ter concretizado o Brexit até ao final de outubro como tinha prometido, acrescentando que acredita ser o único capaz de desbloquear o impasse no Reino Unido.

Para desbloquear o impasse político no parlamento britânico, que chumbou três vezes um acordo negociado por Theresa May e recusou aprovar em três dias o acordo negociado por Boris Johnson, inviabilizando assim a saída no final de outubro, foi aprovada na terça-feira a realização de eleições legislativas antecipadas a 12 de dezembro, tendo o governo suspendido a legislação relacionada com o acordo para depois do escrutínio.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Caro ZAP, gostaria de saber se existe alguma contra-indicação em fazer comentários sobre o UK citando fontes de informação com links fidedignos, como o Evening Standard, The Guardian, The Independent, Daily Express, etc..

    Tenho um comentário censurado e acredito que a causa seja a inclusão de um tal link.

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