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Facebook pede desculpas a drag queens

Sloane Kanter / lilmisshotmess.com

Harris David foi censurado por usar o seu nome artístico, Lil Miss Hot Mess, no seu perfil do Facebook

Harris David foi censurado por usar o seu nome artístico, Lil Miss Hot Mess, no seu perfil do Facebook

O Facebook pediu desculpas aos utilizadores transexuais e drag queens cujas contas foram apagadas por supostamente violarem as suas políticas de utilização do “nome real”.

Várias centenas de contas foram sinalizadas no mês passado por um único utilizador por irem contra as regras do site. O caso gerou protestos da comunidade LGBT, cujos representantes acabaram por conseguir reunir com os responsáveis pela rede social.

Chris Cox, CPO do Facebook, explica que a empresa não se apercebeu do padrão das denúncias, todas dirigidas a drag queens, que acabaram por se misturar nas milhares de denúncias recebidas diariamente, mas reconhece que a experiência foi “dolorosa” para os envolvidos.

“Gostaria de pedir desculpas à comunidade de drag queens, drag kings, transgéneros e a toda a extensa comunidade de amigos, vizinhos e membros da comunidade LGBT pelas dificuldades que vos colocámos ao lidar com as vossas contas nas últimas semanas”, afirmou.

Mark Snyder, porta-voz do Transgender Law Center, explicou à AFP que “ficou claro que o Facebook reconheceu o erro e quer encontrar soluções para que todos nós possamos ser nós próprios online”.

O ativista relembrou que não são apenas drag queens que têm razões legítimas para usar outros nomes online: celebridades, juízes, professores ou vítimas de abuso têm fortes motivos para também usarem pseudónimos.

O Facebook agora pede às pessoas para usarem “o nome autêntico que usam na vida real” nos seus perfis na rede social. No caso dos drag queens que apresentaram queixa pela censura no Facebook, contam-se exemplos como Lil Miss Hot Mess ou Sister Roma.

No entanto, a empresa relembra que a regra é baseada em premissas válidas. “Histórias de roubo de identidade, trolling, violência doméstica e altas taxas de bullying e intolerância são muitas vezes resultado de pessoas que se escondem com nomes falsos”, afirmou Chris Cox.

ZAP / BBC

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