O Facebook anunciou na terça-feira que vai banir todos os anúncios que desencorajem a vacinação, no mesmo dia em que revelou estar a preparar uma campanha de sensibilização para a vacina contra a gripe.
Por outro lado, o Facebook diz que continuam a ser permitidos anúncios que contestem políticas e legislação em torno das vacinas, por uma questão de liberdade de expressão.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a caça do gigante tecnológico à campanha de desinformação anti-vacinas deve arrancar já nos próximos dias, embora continuem a ser permitidos anúncios que contestem políticas e legislação em torno das vacinas, incluindo a tão aguardada para fazer frente à covid-19.
A decisão surge na sequência de uma enorme pressão por parte de legisladores e autoridades de saúde pública para que a rede social, atualmente com 2,7 mil milhões de utilizadores, bloqueasse os conteúdos anti-vacinas.
Anteriormente o Facebook já não permitia anúncios com informações falsas sobre as vacinas, mas continuava a ser conivente com a retórica anti-vacinas, caso essas mensagens não contivessem falsas alegações.
A rede social também revelou que está a trabalhar com organizações de saúde pública, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF, para partilhar mensagens de vacinas.
Alguns funcionários do Facebook já tinham expressado alguma preocupação sobre este assunto. No verão passado, Jason Hirsch, disse à Reuters que a empresa acreditava que os utilizadores deveriam ser capazes de expressar as suas opiniões pessoais, mas que uma censura mais agressiva poderia levar as pessoas mais hesitantes sobre as vacinas, a passar para o lado dos anti-vacinas.
A decisão é tomada um dia após Mark Zuckerberg também ter avançado que a plataforma irá remover todos os posts que neguem o Holocausto ou distorçam os factos desse episódio histórico.
Também na semana passada a rede social começou a remover conteúdos relacionados com a teoria da conspiração QAnon.