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Facebook bloqueia defensor da América branca que se orgulha da escravatura

Richard Spencer, que se assume como figura da “direita alternativa”, viu a sua página pessoal e outras duas que geria bloqueadas pelo facebook. Além disso, o grupo anti-islâmico Britain First também foi apagado.

Quando Donald Trump proferiu o seu discurso vitorioso, em 2016, foi saudado com um “Heil, Trump”, acompanhado pelo gesto nazi de erguer o braço, numa referência à saudação que era feita a Adolf Hitler. O momento, protagonizado por Richard Spencer, ficou famoso. E o seu protagonista também.

Spencer, de 39 anos, é favorável à criação de um país restrito aos brancos e assume orgulho na escravatura. Quer um “etnoEstado em que a nossa gente e as nossas famílias possam voltar a viver seguras”, diz, identificando as ameaças nas comunidades negras, latinas, feministas e gay, de acordo com o Expresso.

Recentemente, a figura da direita alternativa, como faz questão de referir, contrariando todos os que o acusam de fazer parte da extrema-direita, voltou a destacar-se nos protestos de Charlottesville, onde se opôs à remoção de uma estátua do líder confederado Robert E Lee.

No entanto, a decisão do Facebook, que optou por bloquear o licenciado em literatura inglesa e música, não parece ter sido motivada por nenhuma iniciativa recente de Spencer ou eventual nova polémica, estando a ser interpretada como uma resposta às críticas recentes que têm sido dirigidas à empresa, nomeadamente acusada de não proteger os dados dos seus utilizadores.

Além da página pessoal de Richard Spencer, a rede social suspendeu também duas outras que eram geridas por ele. O grupo anti-islâmico Britain First foi igualmente apagado da rede social.

Em novembro do ano passado, o filho de um oftalmologista e de uma herdeira de uma plantação de algodão no sul dos Estados Unidos, avaliada em milhões de dólares, que já foi definido como “uma espécie de racista profissional, com calças de pinças”, ficou proibido de circular no espaço Schengen, depois de os 26 países europeus onde é possível viajar sem visto terem vetado a sua entrada durante os próximos cinco anos.

ZAP //

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