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Exportações portuguesas para Luanda caíram 11% desde eleições em Angola

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Manuel de Almeida / Lusa

A tendência de queda na venda da bens a Luanda tinha sido invertida no final de 2016, mas desde que João Lourenço chegou a poder voltou a descer, no meio de um clima de arrefecimento das relações institucionais.

Depois de um curto ciclo de recuperação, as exportações de bens portugueses para Angola voltaram a cair em cerca de 11% desde que João Lourenço foi eleito para suceder a José Eduardo dos Santos.

Esta redução de 11% nas exportações portuguesas para Luanda traduz-se em menos 93 milhões de euros, avança o Público.

O jornal cita economistas para revelar que, ao contrário do que se esperava, a tendência decrescente não terá necessariamente uma leitura política, mas será antes um reflexo da grave crise financeira que Angola atravessa.

O economista angolano Alves da Rocha acredita que “ligar o ciclo político (relações tensas com Portugal) com o ciclo das importações angolanas provenientes de Portugal pode ser um bocado arriscado“. E João Taça, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, concorda: “A variação que se regista nas exportações é uma consequência direta da atual crise da economia angolana”.

No entanto, o Público lembra que a descida das vendas mostra certamente que as ligações económicas já foram mais fortes, numa fase em que as relações entre Luanda e Lisboa vivem um momento de tensão.

De acordo com dados do INE, em setembro do ano passado houve uma variação homóloga negativa de 5%, o que representou um ponto final na tendência de recuperação das exportações Portugal-Angola que se verificava desde novembro de 2016.

Os sectores mais afetados em 2017 pelo novo arrefecimento comercial foram os produtos alimentares e as pastas celulósicas e papel.

ZAP //

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