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Exército abre terceiro processo disciplinar na sequência das mortes no curso de Comandos

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(dr) Exército Português

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O Exército anunciou esta sexta-feira que instaurou um terceiro processo disciplinar a um militar envolvido na instrução do 127º curso de Comandos, no qual morreram dois militares.

“Na sequência das averiguações conduzidas pelo Exército, informa-se que foi instaurado pelo Exmo. Tenente-General Comandante das Forças Terrestres um terceiro processo disciplinar a um militar interveniente na instrução do 127º Curso de Comandos”, anuncia o Exército numa nota enviada às redações, na qual especifica que “os três processos foram instaurados a dois oficiais e um sargento“.

Dois militares morreram na sequência do treino do 127º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 4 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.

Há cerca de uma semana o Exército tinha aberto dois processos disciplinares no seguimento das investigações sobre as condições de formação no 127º curso de Comandos, em que morreram o segundo furriel Hugo Abreu e do soldado Dylan Silva.

O Exército revelou na altura que além dos dois casos, cujas identidades não foram reveladas, podiam ainda ser abertos mais processos disciplinares a instrutores do mesmo curso, o que veio a realizar-se.

Neste momento, refere o Expresso, estão em curso três processos de averiguações às mortes.

Um deles, por iniciativa do próprio chefe de Estado-Maior do Exército, pretende saber o que passou no 127º curso de comandos e verificar se foi de alguma forma violado o Regulamento de Disciplina Militar (RDM).

Outro da Inspeção-Geral do Exército, mais abrangente, “tem como principais objetivos inquirir sobre as condições de admissão ao curso e se a formação ministrada (reconhecidamente muito dura) se adequa às missões dos comandos”.

Por fim, um terceiro inquérito-crime foi aberto por iniciativa do Ministério Público, estando a investigação no terreno a cargo da Polícia Judiciária Militar, no qual dois enfermeiros foram constituídos arguidos esta semana.

Neste momento, o DIAP de Lisboa tem em mãos o relatório às autópsias de Hugo Abreu e Dylan Silva.

De acordo com o semanário, o Exército deverá anunciar publicamente as conclusões do primeiro inquérito até ao final do mês, concluindo se algum dos militares violou algum (ou vários) dos 13 deveres previstos no Regulamento de Disciplina Militar, como o dever de autoridade, que “consiste em promover a disciplina, a coesão, a segurança, o valor e a eficácia das Forças Armadas, mantendo uma conduta esclarecida e respeitadora da dignidade humana e das regras de direito” (artigo 13º, nº 1, do RDM).

ZAP / Lusa

1 Comment

  1. Pois sim, estão a tentar arranjar bodes expiatórios para satisfazer a populaça….fazia-se isso nos circos romanos com muito sangue para contentar a arraia miúda.

    Basta ver um pequeno filme relativo aos boinas vermelhas russos – SPETSNATZ – para ouvir o Comandante de Instrução avisar que “nem tentem usar remédios”….se estiverem bem preparados vão passar….já vimos antes candidatos a recorrer a esteroides e anabolizantes e acabar na UCI….sujeitam-se a que o coração pare de vez….isto está na internet para quem quiser ver.

    Este é um problema transversal a todas as forças especiais deste patamar….verifica-se em todos os países. O problema é que este tipo de doping não é detetável e só por métodos indiretos se lá chega….o que se pretende é aumentar os níveis de oxigenação e nos ciclistas utiliza-se a eritopoetína – também usada nos hemodialisados – para aumentar os eritrócitos. Assim, nível anormal de eritrócitos na análise ao sangue indicia – mas não prova – que houve recurso a doping. Um atleta que faça treino em altitude acaba por obter os mesmos resultados nas análises.

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