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Execução adiada porque os médicos não encontraram a veia do condenado

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O estado de Ohio, nos Estados Unidos, adiou a execução do presidiário Alva Campbell, prevista para esta quarta-feira, porque os médicos não conseguiram encontrar as veias para aplicar a injeção letal.

Campbell, um homem de 69 anos, tem um delicado estado de saúde com uma doença pulmonar obstrutiva crónica e os seus advogados já tinham advertido que a execução poderia gerar problemas. O condenado também precisa de um andador para caminhar e depende de uma bolsa de colostomia.

Passadas as 10h (horário local), os carrascos do Centro Correcional do Sul de Ohio, em Lucasville, tentaram inserir agulhas nos braços de Campbell e numa das pernas, mas depois de 25 minutos decidiram suspender a execução. Esta é a terceira vez na história recente dos Estados Unidos que uma execução é interrompida depois de iniciado o procedimento.

O diretor de Departamento Correcional e de Reabilitação de Ohio, Gary Mohr, disse após a tentativa de execução que o estado das veias de Campbell mudou desde que foram examinadas na terça-feira.

Em algumas ocasiões, os condenados não tomam líquidos durante as horas anteriores à execução para se desidratarem e facilitar o processo.

O governador de Ohio, John Kasich, terá que decidir agora se reagendará a execução ou deixará que Campbell termine os seus dias no corredor da morte.

Em 2009, Ohio suspendeu a execução de Romell Broom pelo mesmo motivo, após duas horas à procura de uma veia. A execução de Broom está agora prevista para junho de 2020.

Campbell já era um velho conhecido da Justiça americana quando foi detido em 1997 por um assalto à mão armada. O homem tinha cumprido 20 anos de prisão por assassinar um homem num bar em 1972 e, desde 1992, estava em liberdade condicional.

Uma vez detido, Campbell fingiu sofrer paralisia corporal para ser levado aos tribunais em cadeira de rodas. Ao chegar ao órgão, Campbell abordou a agente que o custodiava e roubou-lhe a arma, ciente de que uma nova condenação significaria a prisão perpétua, embora fosse por roubo.

No estacionamento do tribunal, Campbell assaltou o jovem Charles Dials, de 18 anos, que tinha comparecido no local para pagar uma multa de trânsito. Campbell obrigou Dials a conduzir durante duas horas até que decidiu matá-lo com um tiro no rosto. Foi detido após o assassinato e condenado à morte um ano depois.

// EFE

1 Comment

  1. Até dá vontade de rir!…
    Além toda a situação ser caricata, parece que os médicos americanos são tão competentes como o seu presidente!…

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