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Excedente orçamental é atingido “à custa de uma carga fiscal brutal”

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António Pedro Santos / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

O presidente e candidato à liderança do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que o excedente orçamental “é positivo”, mas entende que o mesmo tem sido atingido “à custa de uma carga fiscal brutal”.

“Aquilo que interessa efetivamente é como vai fechar a 31 de dezembro. E a minha ideia é que o Orçamento do Estado de 2019 irá fechar a 31 de dezembro com 0,1% do PIB, portanto ligeiramente melhor do que aquilo que estava inscrito no próprio Orçamento do Estado. Penso obviamente que é positivo“, afirmou Rui Rio, em Castelo Branco, onde se deslocou para uma sessão de esclarecimento com militantes.

O Ministério das Finanças anunciou hoje que o excedente das administrações públicas atingiu 546 milhões de euros até novembro, em contabilidade pública, uma melhoria de 1.131 milhões de euros face ao mesmo período de 2018.

O presidente do PSD sublinhou que não vai criticar um Governo que, nesse aspeto, faz aquilo que qualquer um deve fazer.

Coisa diferente é depois como é que é atingido esse saldo orçamental. Uma coisa é o saldo, mas depois outra coisa é como é que é atingido. E tem sido atingido à custa de uma carga fiscal brutal, um brutal aumento de impostos“, sustentou.

“Se o PSD foi criticado quando estava no Governo por ter feito um brutal aumento de impostos, o que é verdade é que depois desse brutal aumento de impostos o PS já fez não sei quantos mais aumentos de impostos sobre aquilo que era brutal“, acrescentou Rui Rio.

O presidente do PSD realçou que o país esteve mais de 40 anos com défices públicos que trouxeram a dívida pública para um patamar “absolutamente brutal”. Contudo, entende que este excedente está a ser conseguido à custa de uma carga fiscal muito grande e, do lado da despesa, com uma degradação muito grande dos serviços públicos.

Não é só o Serviço Nacional de Saúde, mas a muitos outros níveis também. Portanto, se o resultado aritmético no fim do saldo é positivo, a forma como lá se chega não é a melhor forma, porque traz às pessoas sofrimento que seria, em parte, de evitar para obter o mesmo resultado. Porque aí eu não transijo, as contas nacionais têm de efetivamente estar equilibradas”, concluiu.

// Lusa

2 Comments

  1. Rui Rio onde andava quando era governo o seu partido PPD/CDS? Não o ouvi nessa altura afalar da carga fiscal, fala como se antes deste governo nós tivéssemos uma carga fiscal suave, o senhor quer é ir ao pote como querem e tem ido sempre os mesmos já há mais de 40 anos, mas nunca o ouvi nem li uma ideia sua nem como a pôr em prática para a grave situação que o País se encontra e com tendência a agravar-se mais, o senhor como economista não estudou que um País só pode tornar-se melhor quando a riqueza produzida é superior ao que o País gasta? Portugal há muitas décadas não é caso recente que tem e continua a gastar mais que a riqueza criada, por isso os vários governos como não têm uma ideia do que fazer tratam sempre de aumentar os impostos. E que ideias tem o senhor para inverter esta situação?

  2. Aqueles que criticam é muito simples, mas a verdade é que o Gasparinho é que ficou como o “mau da fita” e daí para cá, não só os impostos não desceram como também aumentaram. Como dizia a “troika” (os impostos inteligentes). Portanto o milagre do Centeno (milagre das “rosas”) não só não foi milagre, como foi o Gaspar e a Albuquerque quem amealharam para ele fazer flores. Disse!

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