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Exames médicos para aceder às tropas especiais vão ser mais exigentes

(dr) Exército Português

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O Exército anunciou esta quarta-feira que vai começar a fazer exames médicos mais rigorosos aos candidatos que queiram ingressar nos cursos das tropas especiais, nomeadamente nos Comandos, Paraquedistas e Operações Especiais.

“Na sequência das recomendações apresentadas pela Inspeção Técnica Extraordinária efetuada pela Inspeção Geral do Exército ao Curso de Comandos, o Exército procedeu à reavaliação das Provas de Classificação e Seleção para ingresso nas tropas especiais”, lê-se num comunicado do Exército divulgado hoje.

Em causa estão todos os candidatos que queiram ingressar nas tropas especiais, ou seja, nos cursos de Comandos, Paraquedistas e Operações Especiais.

De acordo com a nota, o processo será assente em três fases, “diferenciadas pela complexidade dos exames efetuados, e três níveis, conforme a tipologia de instalações de saúde envolvidas”.

Numa primeira fase, todos os candidatos serão submetidos a uma “avaliação médica pré-participação” nas Unidades de Saúde do Exército. Se algum dos casos levantar dúvidas, os candidatos em questão serão sujeitos a uma “avaliação mais aprofundada” e a “eventual realização de outros exames complementares específicos”.

Na última fase, “todas as situações que continuem a suscitar dúvidas relativas à aptidão do candidato, são avaliados em Junta Militar de Aptidão para a atribuição de eventual inaptidão para a frequência do curso”, pode ler-se.

O Exército explicita ainda os três níveis de exames a realizar em cada uma das fases. Em primeiro lugar, os candidatos vão responder a um questionário de saúde, fazer uma avaliação biométrica, exames complementares básicos e ter ainda uma consulta médica.

Já nos centros de saúde do Exército, serão submetidos a uma avaliação em medicina do exercício, uma avaliação psiquiátrica, e exames complementares adicionais. A Junta Militar de Aptidão pode acontecer na segunda ou terceira fase quando ainda se mantêm as dúvidas.

No nível 3, com o apoio do Hospital das Forças Armadas, faz-se uma avaliação em especialidades hospitalares, em exames complementares especiais e, por fim, na avaliação do candidato por uma Junta Hospitalar de Inspeção.

Recorde-se que, no 127.º curso de Comandos, dois militares faleceram e outros tiveram de ser internados.

ZAP //

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