Pedro Cilínio, que foi secretário de Estado da Economia, está agora a trabalhar numa empresa que faz candidaturas a fundos europeus. No entanto, Cilínio garante que está a cumprir a lei e não há conflito de interesses.
Menos de um ano após a sua saída do Governo de António Costa, o ex-secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, está a trabalhar numa empresa relacionada com fundos europeus, uma área que tutelou enquanto governante.
Cilínio está atualmente empregado pela Craftgest Consulting, empresa que presta serviços de candidaturas a fundos comunitários. Questionado pelo Correio da Manhã sobre um possível conflito de interesses, Cilínio garante que não teve “nenhum contacto com esta empresa no IAPMEI (instituto público onde trabalhou antes e após sair do Governo)”.
A legislação portuguesa proíbe ex-governantes de trabalhar, durante três anos após a sua saída do Governo, em empresas que beneficiaram de incentivos financeiros ou tiveram intervenção direta do governante. No entanto, Cilínio defende-se, afirmando que antes de ingressar na Craftgest, fez uma análise para verificar se haveria algum impedimento legal e frisa que a empresa foi fundada em 2022, após o seu mandato.
Além disso, o ex-secretário de Estado destacou que, atualmente, trabalha na área de aquisições e fusões, não diretamente em fundos comunitários. Ainda assim, a situação gerou controvérsia, visto que a Craftgest oferece serviços relacionados com fundos europeus, o que levanta dúvidas sobre a conformidade com a lei de combate às portas giratórias entre o setor público e o privado.
Este caso não é o primeiro a levantar questões sobre a transição de ex-governantes para o setor privado. A ex-secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, também foi alvo de críticas quando, em 2023, aceitou um convite para trabalhar na The Fladgate Partnership, empresa à qual tinha concedido o estatuto de utilidade turística enquanto governante. Rita Marques acabou por renunciar à posição.
A violação da lei de impedimento para ex-governantes pode resultar na inibição de cargos políticos e públicos por um período de três a cinco anos.
É tudo uns Santinhos, eximios cumpridores da Lei. Dessa conversa estou farto, e não vou atrás de “cantigas”
É ler nos Jornais, todos os dias mais uma afronta aos portugueses (tem de pagar Ladroes).
O Povo é muito burro, só pode ser, andar 50 Anos a “votar” nas seitas instaladas em torno do Estado.