A ex-deputada comunista Rita Rato Fonseca foi escolhida para dirigir o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, em Lisboa. Académicos e a Associação de Museologia mostram-se indignados com a escolha.
A informação sobre a escolha foi avançada esta terça-feira pela agência Lusa através de uma Lusa fonte da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).
Em comunicado de imprensa citado pela agência Lusa, a EGEAC recorda que, na sequência da reforma do diretor do Museu do Aljube, Luís Farinha, foi aberto, em abril, um processo de recrutamento para selecionar nova direção.
O procedimento contou com diversas candidaturas e resultou na seleção de Rita Rato Fonseca, “que se destacou pelo projeto apresentado e pelo desempenho nas entrevistas realizadas com o júri”, pode ler-se na mesma nota, que detalha ainda que a antiga deputada comunista iniciará funções a 1 de agosto.
A escolha, contudo, parece não agradar à comunidade académica e à própria Associação Portuguesa de Museologia, que questiona a experiência da antiga deputada.
De acordo com o semanário Expresso, há vários académicos, historiadores e investigadores que questionam os critérios que levaram à escolha de Rita Rato, recordando que o perfil da antiga deputada não corresponde ao que tinha sido descrito e pedido para o concurso.
Muito destes críticos são pessoas que concorreram com Rita Rato para o cargo.
O jornal Observador elenca que Irene Pimentel, António Araújo e Miguel Soromenho foram alguns dos historiadores que se insurgiram contra a escolha do EGEAC, apontando também a falta de currículo e experiência da deputada na área.
Também a Associação Portuguesa de Museologia apresenta dúvidas quanto à nomeação, dando conta ao semanário Expresso, através do seu presidente, João Neto, que “vai pedir uma consulta dos projetos” para ver “de que forma se evidencia” o de Rita Rato.
“Os processos concursais são exímios na defesa do trabalho dos museus e dos seus profissionais. Não vejo é nenhum discurso curricular e experiência profissional por parte da Rita Rato que encaixe nos requisitos exigidos”, critica.
Formação em Ciência Política
No anúncio para o cargo, publicado a 29 abril, a EGEAC pedia um candidato om “formação superior adequada à função (preferencialmente na área de história política e cultural contemporânea)”, mas também “experiência em funções similares (preferencialmente na área dos museus)” e “experiência em programação e produção de exposições”.
Rita Rato não tem uma formação nesta linha, sendo licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa, recorda o Expresso, apontando esta como uma das causas que motivou indignação.
Ao mesmo jornal, a presidente do Conselho de Administração da EGEAC, Joana Cardoso, diz que Rita Rato se distinguiu por ter defendido “uma visão integrada para o museu, incluindo uma proposta de programação relacionada com temáticas de liberdades contemporâneas, como políticas de género e de desigualdade social e étnica, e destacou-se numa segunda ronda de entrevistas nessa abordagem múltipla”.
Contudo, este “projeto” não era mencionado nos critérios da EGEAC.
Joana Cardoso diz ainda que a equipa do conta já com uma “sólida formação académica e científica que continuará a apoiar a nova direção, assim como o Conselho Consultivo do Museu, do qual fará parte Luís Farinha”, pelo que Rita Rato terá respaldo nesse sentido.
Quanto às críticas associadas ao facto de Rita Rato ser militante comunista e antiga deputada do PCP, acrescenta: “O Museu do Aljube, tal como a EGEAC, é uma instituição plural onde convivem as mais diversas correntes políticas”.
ZAP // Lusa
Começam a aparecer as facturas de quatro anos de geringonça. Primeiro foi o 25 de Abril, depois o 1.º de Maio. Não faltou o assobiar para o lado nas manif’s anti-racismo e, agora esta é apenas mais uma parcela da factura do apoio comunista ao governo socialista…
Pois aquilo vai-se transformar numa sede de propaganda comunista, até poderá ser que a dita senhora tenha coragem de levar até lá os muitos Aljubes que a comunada tem utilizado ao longo dos anos e os quais são responsáveis por largos milhões de vidas perdidas e massacradas e aí sim, passará de um Aljubezinho para se tornar num museu a nível mundial e certamente digno da visita de milhões de cidadãos.
E o Museu Salazar, em Santa Comba Dão, já escolheram quem o vai dirigir? É que o Salazar foi mil vezes mais importante para o país do que essas corjas que passaram pelo Aljube.
A primeira parte d’ África.
Isto são as pagas sub-repticías de Costa, para pagar a rua reabilitação política, depois de estar politicamente quase morto, com as suas três derrotas eleitorais (iniciais).
Os favores pagam-se!!
“…Rita Rato se distinguiu por ter defendido “uma visão integrada para o museu, incluindo uma proposta de programação relacionada com temáticas de liberdades contemporâneas, como políticas de género e de desigualdade social e étnica, e destacou-se numa segunda ronda de entrevistas nessa abordagem múltipla”.” Ou seja, não sabe o que é suposto fazer, e ser o Museu do Aljube ou outro tacho é totalmente indiferente, é apenas para fazer tábua rasa e uma plataforma para debitar a cartilha.