Europa a várias velocidades: uns dão passos atrás, outros tentam reabrir a pés de lã

Os países europeus estão a viver a pandemia a várias velocidades. Alguns apertam medidas para controlar uma eventual terceira onda, impulsionada pela variante britânica do vírus.

Enquanto uns levantam o desconfinamento e começam a reabrir aos poucos (como Portugal), outros aumentam as restrições. É assim que a pandemia está a ser vivida pela Europa – a várias velocidades.

Alemanha vai manter-se confinada até à Páscoa, avança o Público. Peter Tschentscher, chefe do Governo de Hamburgo, chegou mesmo a admitir que o país atravessa uma “terceira onda forte”, depois de a cidade ter ultrapassado os 100 casos por 100 mil habitantes durante duas semanas seguidas.

Em sentido oposto está a Dinamarca que, tal como Portugal, iniciou em março um levantamento gradual das medidas restritivas.

Nos Países Baixos, as escolas secundárias abriram com restrições, de modo a permitir aos alunos mais velhos regressarem, pelo menos, uma vez por semana ao ensino presencial.

Na Bélgica, o confinamento vai estender-se até 1 de abril, enquanto que a República Checa vai prolongar o estado de emergência até ao final do próximo mês. A Irlanda vai manter escolas, ginásios e restantes estabelecimentos não essenciais encerrados e o dia 5 de abril é apontado como o dia em que a suavização das restrições terá início.

Em França, 21 milhões de pessoas regressam ao confinamento no sábado. O primeiro-ministro, Jean Castex, já alertou para a possibilidade cada vez mais iminente da existência de uma terceira vaga.

Por sua vez, em Itália, metade do país está sob confinamento desde o dia 15 de março, sendo que nas regiões de Roma, Milão e Veneza as medidas prolongam-se até dia 6 de abril.

O diário avança ainda que na Suécia estão em vigor algumas limitações na ocupação das lojas e locais públicos e as diretrizes do Governo apontam para a necessidade do uso de máscara nos transportes públicos e em público. Na vizinha Espanha, o confinamento mantém-se.

Rio de Janeiro fecha atividades não essenciais

Do outro lado do Atlântico, as autoridades das cidades brasileiras do Rio de Janeiro e da vizinha Niterói anunciaram, na segunda-feira, novas medidas para conter o avanço da covid-19, que implicam o encerramento de “atividades não essenciais” durante dez dias.

A restrição, que se soma ao encerramento das praias já aplicado durante o fim de semana, vigorará entre 26 de março e 4 de abril.

Ainda durante todo esse período, que inclui os dias da Semana Santa, será declarado feriado nas duas cidades, antecipando algumas festividades que se celebrariam ao longo deste ano.

As medidas anunciadas hoje pelo Rio de Janeiro e Niterói são semelhantes às já adotadas pela prefeitura de São Paulo, que da mesma forma permitirá apenas as chamadas “atividades essenciais” durante o período entre 26 de março e 4 de abril.

Liliana Malainho, ZAP // Lusa

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