Os Estados Unidos (EUA) reviram na quinta-feira as regras que impedem muitos homossexuais de doar sangue, num esforço para combater a grave escassez de doações devido ao surto da Covid-19.
Desde 2015, homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses não eram autorizados a doar sangue. A proibição era vitalícia e o período foi agora reduzido para três meses, anunciou a FDA, entidade que regula a gestão de alimentos e medicamentos nos EUA, noticiou a agência Lusa.
“A pandemia da Covid-19 causou desafios sem precedentes ao fornceimento de sangue nos Estados Unidos”, indica o comunicado. “Os centros de doação sofreram uma redução drástica devido à implementação do distanciamento social e ao cancelamento das transfusões de sangue”, indicou a FDA.
A FDA disse também que investigações recentes provam que as regras “podem ser modificadas sem comprometer a segurança do fornecimento de sangue”.
A regra de três meses também se aplica a mulheres que fizeram sexo com homens homossexuais ou bissexuais, bem como a pessoas que fizeram uma tatuagem ou piercing e a quem viajou para um país onde o risco de malária é alto.
Quase 2.700 unidades de sangue da Cruz Vermelha foram fechadas nos EUA devido a preocupações com a aglomeração de pessoas em locais de trabalho, campus universitários e escolas durante o surto de coronavírus.