O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, qualificou este domingo de “provocação” o lançamento falhado de um míssil efetuado horas antes pela Coreia do Norte, uma ação que fez prevalecer o clima de tensão na península coreana.
“A provocação desta manhã do Norte é simplesmente o último ato dos riscos que cada um de vós enfrenta diariamente”, disse Pence perante um grupo de militares norte-americanos, no decurso de uma refeição em que celebrou o domingo de Páscoa na base militar de Yongsan, na capital sul-coreana.
Pence aterrou com sua mulher e as duas filhas na base aérea de Osan (a sul de Seul), pouco após o Norte ter lançado, sem êxito, desde a localidade de Sinpo (leste do país), um míssil balístico que aparentemente explodiu pouco depois de ser disparado.
No sábado, a Coreia do Norte celebrou, com um desfile militar, o 105.º aniversário do nascimento de Kim Il-Sung, o fundador do país em 1948, que liderou até à sua morte, em julho de 1994.
No desfile, a Coreia do Norte mostrou vários mísseis balísticos, incluindo um possível novo projétil de alcance intercontinental.
Em paralelo, o conselheiro para a segurança nacional do Presidente norte-americano Donald Trump afirmou hoje que os dirigentes chineses trabalham “estreitamente” com os EUA para resolver a questão nuclear norte-coreana.
“Existe um consenso internacional, incluindo com os chineses e os dirigentes chineses, para dizer que a situação não pode durar”, declarou o general H. R. McMaster em entrevista à cadeia televisiva norte-americana ABC, a partir do Afeganistão, onde está deslocado.
O militar sublinhou por diversas vezes a inquietação, segundo disse, dos dirigentes chineses. “Trabalhamos com os nossos aliados e parceiros, e com os dirigentes chineses, para desenvolver um leque de opções”, precisou.
// Lusa