EUA e China acordam em não começar guerra comercial

Chip Somodevilla / EPA

O vice-primeiro ministro do Conselho de Estado da China, Liu He, anunciou este domingo em conferência de imprensa que as autoridades dos EUA e da China acordaram em não iniciar uma guerra comercial para favorecer o desenvolvimento de ambos os países e de todo o mundo.

A informação é avançada por Xinhua.

“O principal resultado chinês-norte americano da atual negociação é que alcançámos um entendimento e não começaremos uma guerra comercial. Assim, ambas as partes renunciam ao aumento das taxas nas mercadorias entre si”, declarou Liu, citado pelo RT.

Assim, acrescentou que a principal razão pela qual o acordo alcançado se revelou possível radica do “importante consenso entre os líderes da China e dos Estados Unidos”.

A 17 e 18 de maio, os representantes das duas nações alcançaram um consenso sobre a adoção de medidas que deveriam eliminar o desequilíbrio comercial entre os dois países, de tal forma que aumente a quantidade de bens norte-americanos que Pequim comprará a Washington.

Pela parte norte-americana, nas negociações participaram o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, o Secretário do Comércio, Wilbur Ross, e o representante dos EUA para as negociações comerciais, Robert Lighthizer.

No início de abril, os Estados Unidos publicaram uma lista de aproximadamente 1300 produtos chineses aos quais seria imposto uma taxa  que teriam um custo aproximado de 50 milhões de dólares para o volume de produção chinesa. Por sua vez, Pequim anunciou a imposição de uma taxa de 25% a 106 produtos norte-americanos como soja, automóveis e produtos químicos.

Em resposta, Trump ordenou aos funcionários da sua Administração que considerassem “se seria apropriado estabelecer taxas adicionais” para alcançar um valor de 100.000 milhões. Esta ordem foi respondida pelo ministério do Comércio chinês, quando este anunciou que os seus funcionários alfandegários cobrariam aos importadores uma taxa de cerca de 179% sobre os produtos norte-americanos.