Os Estúdios Valentim de Carvalho estão novamente num Processo Especial de Revitalização (PER) para tentar negociar com os credores os 15,9 milhões de euros de dívidas que acumulou junto de 55 entidades.
Ao Estado os montantes em falta ascendem a quatro milhões de euros e à banca três milhões, segundo avança o Jornal de Negócios esta terça-feira.
A empresa já tinha enfrentado um processo semelhante em 2014 e 2016 depois de, em 2009, o Tribunal de Comércio de Lisboa ter decretado a insolvência da Valentim de Carvalho Lojas. A Estúdios Valentim de Carvalho – Gravações e Audiovisuais está, desde o início de agosto sob administração judicial, segundo o Expresso.
Entre os que reclamam créditos estão instituições bancárias – a Caixa Geral de Depósitos é o banco que reclama o valor mais elevado, mais de um milhão de euros, Novo Banco (que reclama quase 700 mil euros), BPI (600 mil), Santander e Abanca, de acordo com a lista provisória publicada no Citius.
Manuel Duque, administrador da Valentim de Carvalho, já tinha dito a que o plano previsto “está plenamente de acordo com todos os credores”. Os empréstimos vão ser renegociados graças a uma mais-valia que será obtida através da venda de um terreno em Paço de Arcos, explicou ainda o responsável.
Para além da banca, o Estado é um dos principais credores por impostos em falta e por prestações à Segurança Social. A Autoridade Tributária reclama uma dívida de 1,8 milhões de euros e o Instituto da Segurança Social reclama um montante igual. À Sony, os Estúdios Valentim de Carvalho acumulam uma dívida de quase dois milhões de euros.