(dr) Dabiq Magazine
O grupo radical Estado Islâmico anunciou esta quinta-feira que vai cunhar a sua própria moeda, para ser usada no território sob seu controle na Síria e no Iraque.
“Se Deus quiser, serão fabricadas diferentes moedas em ouro, prata e cobre”, afirmou o EI, em comunicado divulgado nos fóruns militantes.
A organização explica que o seu objectivo é “substituir o sistema monetário tirânico imposto aos muçulmanos e que levou à sua opressão”.
De acordo com o comunicado, citado pela RVR, o Estado Islâmico quer “libertar os muçulmanos do mercantilismo e da opressão económica satânica”.
Nas fotos publicadas pela organização, de um dos lados de uma das moedas vêem-se as inscrições “Estado Islâmico” e “Califado”, assim como o seu valor e peso.
São também visíveis símbolos como a mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, em diferentes moedas.
DR ISIS / Telegraph
Segundo o Telegraph, as moedas são baseadas no desenho original dos antigos dinares do califado de Uthman do século XII, e terão sete valores diferentes, sendo duas de ouro, três de prata e duas de cobre.
Acusada de crimes de guerra pela ONU, a facção radical está bastante activa nas redes sociais e publica desde julho uma revista digital chamada Dabiq, redigida em inglês.
Recentemente, a directora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que “os métodos do Estado Islâmico podem ser comparados aos dos nazis: se algo não corresponde às suas convicções religiosas e políticas, então tem que desaparecer”.
“O EI está a tirar às minorias locais, como os Yazidis ou Cristãos, a sua história, a herança, a memória. Faz parte do genocídio, da perseguição destas minorias que estão a ser eliminadas”, afirmou Irina Bokova.
Aparentemente, a organização vai dar agora mais um passo e impor também a sua moeda.
ZAP / RVR
