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Está em marcha uma mega-inspecção ao Montepio

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Tuválkin / Flickr

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tem em marcha uma inspecção ao Caixa Económica Montepio Geral. Uma acção de supervisão que está a suscitar alarme pela sua dimensão.

O Sol consultou a comunicação enviada pela CMVM aos administradores do Banco, dando nota desta inspecção, e constata que a mesma “surpreende e diferencia-se das habituais acções do supervisor pela sua dimensão, transversal à actividade da Caixa Económica”.

O semanário refere que o regulador pretende avaliar os sistemas de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, notando que se trata de “uma acção de supervisão presencial”.

Em comunicado enviado à imprensa, a CMVM recusa a ideia do “carácter extraordinário” desta mega-inspecção, sublinhando que se trata de “uma acção de supervisão presencial normal, inserida no plano de acções de supervisão de rotina programadas para este ano, plano esse aprovado pelo Conselho de Administração”, cita o Sol.

O semanário aponta que a auditoria feita pelo Banco de Portugal ao Montepio encontrou diversas deficiências que os responsáveis do Banco alegaram ter já resolvido.

Na carta enviada pela CMVM ao Montepio, citada pelo Sol, lê-se que “a supervisão irá incidir sobre as seguintes actividades de intermediação financeira e áreas temáticas: sistemas de controlo interno, prevenção do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, conflito de interesse, avaliação do carácter adequado das operações, consultoria para investimento (serviço prestado ao Montepio Geral – Associação Mutualista), informação pré-contratual a investidores, categorização de clientes, informação sobre o serviço prestado, salvaguarda dos instrumentos financeiros de clientes, recepção e transmissão de ordens e colação em ofertas públicas”.

A missiva solicitará ainda diversa documentação que deve ser enviada à CMVM até ao dia 20 de Julho.

ZAP

4 Comments

  1. Teremos mais um caso BPN ou BES???? Vamos esperar para ver se não temos que apertar mais o cinto para salvar a banca que tudo nos cobra e quando está com as calças na mão, somos nós que a socorremos. Até quando????

  2. Alguém, com poder de influência, se sente incomodado pelo facto de o maior banco português de cariz social ter passado incólume pela crise, quando os outros «pseudo-grandes» tiveram que pedir ajuda ao estado.
    Sucedem-se títulos de notícias dignas do »jornal do incrivel» e não se vislumbra qualquer fundo de verdade.
    A realidade é que a auditoria forense anunciada pelo governador do banco de portugal no parlamento (supostamente sigilosa) não existia e o resultado da dita «auditoria forense» veio a revelar-se … um valente nada (recomendações de ordem administrativa? Pedir que os papeis assinados o sejam em duplicado ? Vergonha senhores!) . Onde anda o senhor governador que lançou a confusão no verão passado ? A memória é curta, mas as declarações do Sr. Carlos Tavares no verão do ano passado também não foram esquecidas. Assim fica a pergunta: “A quem estamos a fazer o frete Sr. Tavares ? Ou melhor, que esperamos receber pelo frete, Sr. Tavares ?”

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