Coligação à esquerda tiraria 13 deputados à AD e ao Chega. Aliança AD-IL teria mais 2

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ZAP // Miguel A. Lopes, António Cotrim, António Pedro Santos, Tiago Petinga, Miguel Pereira da Silva / Lusa

Caso PS, Livre, PCP, BE e PAN tivessem concorrido juntos às eleições — uma ideia que já tinha sido referida por Rui Tavares — teriam conseguido tirar 5 deputados ao Chega e 8 à AD.

A dispersão do voto à esquerda nas últimas legislativas portuguesas resultou numa perda significativa de mandatos que, caso os partidos tivessem concorrido em coligação, poderiam ter sido retirados à direita.

Segundo uma análise feita pelo Observador, uma coligação entre PS, Livre, Bloco de Esquerda, PCP e PAN teria conseguido “roubar” 5 deputados ao Chega e 8 à AD. O impacto desta ausência de união foi particularmente visível em círculos como Braga, Aveiro, Faro, Setúbal e Lisboa.

A aplicação do método de Hondt, que favorece coligações em distritos com menor número de mandatos, mostra que a falta de coordenação teve um custo político concreto. Em Braga, apenas a junção do PS com o Bloco e o Livre teria sido suficiente para subtrair um deputado ao Chega. Já em Aveiro, a inclusão do PCP seria necessária para alcançar o mesmo feito.

O caso de Faro destaca-se pela queda do PS para o terceiro lugar, com o Chega a liderar o círculo com 4 deputados, a AD a ficar com 3 e o PS com 2. Uma coligação à esquerda teria equilibrado a distribuição de mandatos entre as três forças, com a esquerda a ficar com um deputado do Chega.

Em Setúbal, bastião histórico da esquerda, o Chega conseguiu seis deputados. Com uma coligação abrangente, as esquerdas poderiam ter conquistado dois desses lugares — um ao Chega e outro à AD.

Lisboa, o círculo mais representativo, exige a inclusão do PAN na coligação para produzir efeito. Neste cenário, a esquerda unida poderia ter conquistado 20 mandatos, retirando um ao Chega e um à AD.

Além dos cinco mandatos que a coligação das esquerdas poderia roubar ao Chega, haveria oito distritos em que conseguiriam retirar deputados à AD: Beja, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal e Açores. No total, as esquerdas coligadas alcançariam 82 mandatos, superando os 81 da AD e reduzindo significativamente a vantagem do Chega.

Já uma eventual coligação pré-eleitoral entre AD e IL não faria diferença para a obtenção de uma maioria. Em 2025, essa união teria efeito em dois círculos — Porto e Portalegre — resultando na eleição de mais um deputado por cada distrito. No Porto, o Livre perderia um lugar; em Portalegre, a coligação conseguiria eleger Castro Almeida e “roubar” um lugar ao PS.

ZAP //

8 Comments

  1. ELEIÇÕES – Chega de lamentações , acabou-se a incompetência. Não adianta ” chorar o leite derramado ” , o poderiam , o ” tiraria ” é fruto de decadência política ultrapassada e coligações oportunistas que só levam ao atraso de Portugal ; os tempos mudaram e os imbecis não perceberam . E vem mais mudanças !!! É o que diz joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]

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    • Este artigo é o “muro de lamentações” da esquerda. O desespero, por tão grande terramoto político. Para mim o que aconteceu foi uma consciência nova, uma viragem para os tempos de hoje.

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  2. Este artigo só vem demonstrar, mais uma vez, que a esquerda não é democrática, a comprovar o anti-democratico da esquerda é só ouvir esse comendadeiro Daniel Oliveira

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  3. O que esta pseudo análise do Observador não diz (e por isso o jornalismo rasco e tendencioso dos dias de hoje andar constantemente a dar tiros nos pés) é quantos mandatos perderia a “esquerda-unida” se os moderados vissem esta colagem do PS à esquerda radical e, com óbvia razão, alterassem o sentido de voto para a AD?

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  4. Tem de ser criado um partido que se comprometa com o Interesse Nacional, represente a Maioria Silenciosa dos Portugueses, e se oponha verdadeiramente aos liberais/maçonaria (PS, PSD, CDS, PCP, BE, CH, L, PAN, IL, JPP).
    Com o PSD sequestrado pelo bando do dr. Pedro Coelho actualmente representado pelo dr. Luís Esteves e o Partido Chega que também faz parte desse bando a aumentar a sua votação não só graças aos votos dos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação para votarem e substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção (https://www.dn.pt/2647201781/brasileiros-em-portugal-mobilizam-se-para-eleicoes-legislativas/), e aos quais se juntam os votos dos eleitores do PS, PCP, e restantes partidos de esquerda, que estão a mudar o seu voto para o Partido Chega por conveniência, Portugal e os Portugueses correm o risco de vir a ser submetidos a uma oligarquia.
    «…Fingem se combater uns aos outros, só para enganar os Portugueses mais distraídos. Porém, estão alinhados, todos e ainda que em estilos diversificados, sob as mesmas batutas que controlam a imposição do sistema político-constitucional ainda vigente…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha» (https://www.aofa.pt/rimp/PR_Alberto_Joao_Jardim_Documentacao.pdf)

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