A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, anunciou que Espanha vai pagar a Portugal dois milhões de euros por ano pelas captações de água do Alqueva. Mas do outro lado da fronteira não confirmam.
Maria da Graça Carvalho garantiu que estes dois milhões de euros deverão constar do acordo final a assinar entre os dois países no próximo dia 26 de Setembro em Madrid.
“Espanha está disposta a pagar aquilo que nos deve na água do Alqueva“, referiu a ministra do Ambiente aos jornalistas.
O valor referido não é “exorbitante”, segundo a governante que notou que as contas foram feitas com base na “monitorização do que é que do lado espanhol estava a ser gasto”.
Em Maio deste ano, a RTP1 transmitiu uma reportagem que denunciou a existência de, pelo menos, 40 desvios ilegais de água do Alqueva realizados pelos espanhóis.
Cada um desses desvios “gasta, por dia, o equivalente ao consumo de um casal num ano” e “sem pagar um cêntimo a Portugal”, adiantou o canal. “Em causa estão mais de 40 milhões de euros” com tudo somado, avançou ainda a RTP1.
Espanha não confirma acordo, mas admite pagar
Em Espanha, o Ministério da Transição Ecológica (Miteco) já negou a existência de qualquer acordo formalizado para o Alqueva, salientando que os Governos dos dois países estão ainda a realizar “um trabalho técnico conjunto com o objectivo de avançar com a solução dos problemas dos aproveitamentos existentes de um e do outro lado da fronteira”, conforme comunicado citado pelo jornal espanhol online 20minutos.
O Miteco notou ainda que estão a ser abordadas “todas as questões relativas à gestão dos rios transfronteiriços” e não apenas ao caso do Alqueva, nomeadamente com a discussão de “formas jurídicas” para regularizar a situação e de uma “compensação económica pela garantia que o reservatório português lhes gera“.
Contudo, o ministério espanhol não avança valores, nem confirma os dois milhões de euros adiantados pela ministra portuguesa.
“Confusão” nas negociações
Já o jornal espanhol La Vanguardia fala de uma “confusão”, salientando que para os portugueses a verba é devida por “desvios ilegais” enquanto em Espanha se fala antes de “uma aposta decidida pelas infraestruturas hídricas“.
Estas palavras são da sub-delegada do Governo espanhol em Huelva, María José Rico, que notou que a eventual compensação é uma decisão do Executivo central para “tentar proporcionar a água que faz falta” na região da Andaluzia.
Rico também sublinhou que o acordo “ratifica as boas relações entre ambos os países” e “o uso sustentável da água para todos“.
Mas a conselheira do Desenvolvimento, Articulação Territorial e Habitação da Junta da Andaluzia, Rocío Díaz, referiu que desconhece os termos do acordo e que não tem dados oficiais sobre o mesmo.
Mas o que é “importante”, como destacou Díaz citada pelo La Vanguardia, é que “sempre defenderá a água para os irrigadores de Huelva“.
Acordo vai abranger Tejo e Guadiana
Maria da Graça Carvalho adiantou que o acordo a ser firmado entre si e a sua homóloga espanhola em Setembro próximo, envolverá não só a regularização da captação de água no Alqueva, mas também questões ligadas com os rios Tejo e Guadiana.
O Miteco confirmou este dado, notando que também está “previsto avançar com o regime de caudais da última secção do Guadiana pelo seu carácter transfronteiriço, assim como os aproveitamentos hidroeléctricos espanhóis no rio Tejo com possível incidência no rio Tejo português”.
O ministério espanhol reforçou ainda que estão também incluídos nas negociações os “aproveitamentos de agricultores espanhóis de Badajoz com captação no rio Guadiana em Portugal, anteriores à construção do reservatório do Alqueva e que, após a construção do depósito, captam a água directamente da infraestrutura portuguesa”.
Questionada pelos jornalistas sobre se Portugal terá feito cedências para alcançar um consenso bilateral, a ministra do Ambiente respondeu que não foi preciso ceder “em nada” e que a negociação correu “muito bem”. Espanha está interessada “em resolver os problemas”, notou.
Quanto ao Tejo, Portugal pediu a garantia dos caudais ecológicos, para que não sejam só mensais ou semanais, mas também diários, para haver “uma distribuição mais uniforme através dos dias, que não seja tudo num dia da semana e depois não haja caudal”, revelou ainda a ministra portuguesa.
Susana Valente, ZAP // Lusa
Impressionante como só agora, ao fim de tantos anos, se toma consciência desta negligência portuguesa (para não falar em roubo espanhol). É mesmo à tuga.
Governo de esquerda nunca resolveu isto. Em cada dia, descobre-se mais uma miséria. Parece que fazem de propósito.
A esquerdalhada só pensa mesmo no poder…
Senhora Rita, não traga a esquerdalha à baila, porque em certas coisas, e não são poucas, tanto vale ser esquerdalha como direitalha. O problema é ser-se português.
E não é de agora. Atenda-se ao caso de Olivença, que é nossa legal e moralmente, mas ninguém se importa que a pata espanhola continue por cima dela. E não é tão pouco território como se pensa. Se essa questão estivesse arrumada, como já há muito tempo deveria estar, talvez o problema do roubo da água do Alqueva nem se colocasse, uma vez que seria diminuta a fronteira com a albufeira da barragem.
Pois é, Rita! E foi inaugurada em 2002! Queres dizer que durante os governos muito competentíssimos do PSD (2002 – 04 José Manuel Durão Barroso, 2004 – 05 Pedro Santana Lopes, 2011 – 2015 Pedro Passos Coelho) a barragem passou para os espanhóis ou era, como sempre foi, de Portugal? A direitallha no seu melhor ao esconder a sua enorme incompetência atirando as culpas para os outros. Com a direitalha só os outros governam mal. Veja o SNS. Piorou imenso depois do PSD tomar posse. Veja o que diz quem sabe:(https://zap.aeiou.pt/governo-complexa-realidade-sns-619767). Bom senso exige-se, mas, por onde anda?
Tanta palermice neste último comentário. Acha mesmo que alguém consegue resolver o problema da saúde em meia dúzia de meses?! O PS esteve lá 8 anos e destruiu por completo o SNS. Podem tomar-se algumas medidas paliativas mas a resolução dos problemas criados pelo PS vai demorar anos e anos a resolver.
“BarrigaGrande…”… Há, pelo ZAP, muitos comentários perigosos, e difamatórios sobre a Direita. Sabe uma coisa? Num negócio, uns podem querer, e os outros não… percebeu? 😉
Vá aprender, palerminha.
E o meu bom senso nasceu comigo em 1995. Ainda cá está inteiro.
Com a esquerdalhada é semptre miséria governativa e FUGA: Guterres, Sócrates, Costa. Até o atual chefe do PS é também um dos fugitivos. E bancarrotas já são três: Mário Soares (2) e Sócrates (1)
O atual governo detetou 54 medidas que são precisas implementar para salvar o SNS. Já introduzir algumas mas a grande maioria vai levar cerca de um ano a serem implementadas. Todos os que agora berram (ainda com azia da derrota), deveriam ter vergonha de oito anos que levaram à derrocada do SNS. Por isso é que durante esse período, várias vozes se levantaram, à esquerda, sob o slogan “SALVEM O SNS”.
Barriga*
A esquerdalhada esquece-se muito das misérias que espalhou ao longo de tantos anos de uma governação fétida. E a Direita é a má da fita por tomar medidas e resolver problemas.
“BarrigaGrande…” é só para algumas coisas, correto? 😉
Sérgio, e BarrigaGrande, dois comunas miseráveis no ZAP.
Rita, o Sérgio e o outro ficaram sem palavras. 😉 Sabem que tens razão, que a esquerda é só miséria.
Meninas Rita e Lucinda, além de ignorantes, de não saberem ler mostraram-se pouco inteligentes mas ofensivas, atrevendo-se a caluniar quem não as tratou mal. Quem lhes disse que sou comunista? Não faria caso da vossa parvoíce se ela vos saísse sem intenção de ofender. Afinal ser-se comunista é tão legítimo como ser-se adepto do Chega ou de outro partido qualquer. Mas como o vosso propósito foi objectivamente calunioso e desprezível, aqui me têm de novo para me aturarem se quiserem.
Nasci no tempo da 2ª Grande Guerra, tenho idade para ser vosso avô. Conheci o regime anterior e algumas das personalidades que o detiveram. Discordava de algumas das suas realidades, mas não traí a Pátria e em momentos dolorosos actuei em sua defesa.
Surge o 25 de Abril, e em consciência senti o dever de nele participar, embora cedo me tenha apercebido que seria tempo perdido. A utopia que desde jovem me acompanhava desvaneceu-se. E os vossos comentários são mais uma prova de que tinha razão ao ter-me apercebido cedo de que seria em vão o meu esforço.
O país com que sonhei, de gente culta, consciente, sensata, honesta, trabalhadora e responsável não existe. Domina, sim, a parolice, a pimbalhice, a partidarite, o espertismo, as modas do mau gosto, a falta de personalidade, as ritas e as lucindas.
Aprendam a ler e sejam felizes.