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Teletrabalho: mesmo que trabalhe no “escritório”, diga que trabalha no “laboratório”

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A sugestão não é mudar de local de trabalho: é mudar a designação do local de trabalho. E há um motivo lógico para a indicação de Ozan Varol.

Claro que já havia muitos escritórios dentro de casas. Mas muitos desses escritórios ganharam outra importância desde Março de 2020.

O coronavírus fechou Portugal, fechou dezenas de países – alguns já tinham sofrido restrições nas semanas ou meses anteriores – e o “escritório” passou a ser mesmo a sede da empresa. Pelo menos para a pessoa que passou a trabalhar em casa.

O teletrabalho mudou a rotina de muitos escritórios. Mas não mudou a designação dessas divisões.

Mas essa designação deveria mudar, defende o professor Ozan Varol, no portal Next Big Idea Club.

“Na minha cabeça, um escritório é o local onde as boas ideias entram…para morrer”, escreve Ozan.

Isso acontece porque, continua, um escritório “evoca imagens de cubículos, conversas entorpecedoras em bebedouros, ataques pessoais, chávenas meio vazias de café horrível e luzes fluorescentes que causam dor de cabeça”.

Ou seja, “a criatividade odeia escritórios”.

Por isso, o novo rumo é deixar de chamar “escritório” ao local onde se trabalha em casa e passar a chamar “laboratório de ideias” – é num laboratório que surgem as ideias inovadoras, as experiências. É onde se sonha acordado.

Por isso, o também escritor adora o seu laboratório de ideias caseiro e odiava o seu escritório caseiro.

Para quem desvaloriza a mudança do nome da divisão, o autor responde: “Os nomes importam muito mais do que pensas”.

E de seguida explica o que é o efeito priming: a exposição de uma pessoa a um determinado estímulo – palavra ou imagem – pode ter uma influência muito poderosa no seu pensamento.

A sugestão alastra-se às “reuniões”, que devem ser olhadas por todos os participantes como um momento de “laboratório de visão”, de “incubadora de ideias”.

A “lista de tarefas” pode ser alterada para “lista de design”, os “empregados” de uma empresa passam a ser “inventores” – isto já existe, na realidade; na empresa Brasilata, no Brasil, onde as pessoas contratadas assinam um “contrato de inovação”.

Nomes não convencionais serão sinónimo de resultados não convencionais.

ZAP //

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