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Escolas têm de ter plano para recuperar o que não se aprendeu. Saber escrever é prioridade

O Governo enviou um conjunto de recomendações às escolas para o novo ano letivo. As instituições vão ter de fazer um plano para recuperar e consolidar as aprendizagens perdidas no último ano letivo com a pandemia e o ensino à distância.

De acordo com o documento de 51 páginas do Ministério da Educação, ao qual a TSF teve acesso, o processo de recuperação terá maior incidência nas primeiras cinco semanas do novo ano letivo.

“A recuperação e consolidação das aprendizagens deve ocorrer durante todo o ano letivo, com especial incidência no período inicial de cinco semanas”.

Além disso, as escolas terão a possibilidade de gerir o currículo de forma “mais flexível”, adaptando a organização e respostas pedagógicas, segundo o documento chamado “Orientações para a Recuperação e Consolidação das Aprendizagens ao Longo do Ano Letivo de 2020/2021”.

O Governo admite que “houve aprendizagens que não se desenvolveram e alunos que tiveram menos capacidade de acompanhar os colegas”. Cada escola pode organizar “percursos individualizados” para diferentes grupos de alunos na sala de aula.

O jornal Público relata que saber escrever é uma das prioridades no processo de recuperação do próximo ano letivo, sobretudo no que se refere ao 2.º e ao 6.º ano de escolaridade.

Os mais novos devem saber escrever “correctamente palavras com todos os tipos de sílabas, com utilização correta dos acentos gráficos e do til”, de modo a que possam prosseguir “o processo de consolidação, de desenvolvimento e compreensão da linguagem escrita”.

Já os alunos do 6.º ano deveriam ter aprendido a “escrever textos organizados em parágrafos, de acordo com o género textual que convém à finalidade comunicativa (texto de características expositivas e texto de opinião; notícia; carta; e-mail)”.

As escolas têm de estar preparadas para transitarem entre o regime presencial e o ensino à distância “de forma não disruptiva”, o que exige fazer um diagnóstico das competências digitais dos alunos.

O objetivo deve ser ajudar todos os alunos, em especial os que “tiveram maiores dificuldades de contacto e de acompanhamento das atividades promovidas pela escola”, à distância, “no ano letivo 2019/2020”.

ZAP //

 

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