O jornal Público escreve que as cantinas escolares ponderam funcionar em regime de take-away no regresso às aulas em setembro, medida que visa evitar a propagação do novo coronavírus (covid-19).
De acordo com o matutino, que avança a notícia esta quarta-feira, a iniciativa consta das diretivas lançadas pelo Ministério da Educação e empresas ouvidas pelo mesmo jornal dizem que a iniciativa é exequível do ponto de vista logístico.
A confirmar-se a implementação deste regime, os almoços serão consumidos “nos espaços das escolas, os polivalentes, recintos amplos. Bem mais espaçosos do que a própria cantina, que é sempre um espaço muito limitado”, disse ao jornal Público Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
“Mas vai depender de cada escola, da orientação. Poderá acontecer que, no caso do pré-escolar, as refeições possam ser tomadas nas próprias salas”, adianta.
“Prevejo que, tendo centenas de alunos a almoçar nas escolas, as refeições terão de ser servidas em regime de take-away. Não me parece muito possível [continuar com as refeições normalmente], num espaço tão pequeno, tendo em conta o elevado número de alunos. Vamos ter de privilegiar o take-away”.
Quanto ao horário desfasado, o responsável diz que “vai ser muito difícil, mesmo sendo metade dos alunos. A cantina teria de abrir às 10h e fechar às 17h. Para cada turno, é preciso meia hora. Teríamos um período de almoço muito alargado”.
Ainda assim, e num apelo direcionado aos pais, Filinto Lima diz que o melhor para os alunos será fazer as refeições em casa, sempre que possível. “Os alunos subsidiados têm de comer na escola, obviamente. Têm dificuldades”.
O Governo garantiu esta terça-feira que assegurará máscaras e outros equipamento de proteção à comunidade escolar no regresso à aulas, agendado para 14 de setembro.