O ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro demissionário António Costa, Vítor Escária, já declarou no IRS uma parte dos 75.800 euros em notas que foram apreendidos na “Operação Influencer”, e pretende declarar a outra parte, o que o livra de um crime fiscal.
Escária já declarou 40 mil euros no IRS de 2022, rectificando esta declaração, e vai declarar mais 40 mil euros no IRS alusivo a 2023 que pode ser entregue a partir de 1 de Abril de 2024, revelou o seu advogado, Tiago Rodrigues Bastos, em entrevista ao programa “Justiça Cega” da Rádio Observador.
A rectificação do IRS de 2022 gerou uma nova liquidação fiscal e o advogado assegura que Escária já pagou o que devia.
Estamos, portanto, a falar de um total de 80 mil euros, valor que Escária disse ter ganho em serviços de consultadoria em Angola, conforme declarações ao juiz de instrução criminal no processo “Operação Influencer“.
Mas, nas buscas em São Bento, realizadas a 9 de Novembro de 2023, só foram encontrados 75.800 euros em notas, divididas por envelopes e escondidas em livros e em caixas de vinho. Isto porque Escária terá gasto cerca de 4.200 euros antes das buscas.
Escária livra-se de investigação por fraude fiscal
Com a declaração do valor no IRS deixa de haver motivos para investigar Escária pelo crime de fraude fiscal, entende o seu advogado, conforme declarações à Rádio Observador.
Contudo, Tiago Rodrigues Bastos não pode dizer com certeza que o Ministério Público não vai tentar investigar a origem do dinheiro. Mas sublinha que não vê “razões para que isso aconteça”.
“Na indiciação não há um apontamento sobre qualquer recebimento de quantias por parte do doutor Vítor Escária. Aliás, e tendo em conta os crimes que estão ali em causa, causa alguma perplexidade que não exista uma menção a qualquer contrapartida”, acrescenta o advogado.
Escária está indiciado por dois crimes de prevaricação e por um crime de tráfico de influências.
Sobre a proveniência dos 80 mil euros, Escária alega que são “quantias que provinham da sua actividade profissional de consultor anterior à sua actividade como chefe de gabinete do primeiro-ministro”, realça Tiago Rodrigues Bastos na Rádio Observador.
O advogado sublinha que Escária deixou claro, nas primeiras declarações que fez no dia da detenção, que “aquela quantia de dinheiro não tinha rigorosamente nada a ver” com os factos investigados na “Operação Influencer”.
“Nada” a fazer contra o Ikea
Tiago Rodrigues Bastos também assegura que o seu cliente não pretende agir contra o Ikea no âmbito da campanha que brinca com os 75.800 euros em dinheiro vivo encontrados em São Bento para promover uma nova estante.
“Evidentemente que não tencionamos fazer rigorosamente nada. As coisas são como são. Se não formos capazes de rirmo-nos de nós próprios, então atiramo-nos ao mar”, conclui o advogado.
Como é que não é crime?
Então, este ato de um gajo que se abotoa com 75.800€, que não os ia declarar e só vai fazê-lo porque encontraram o dinheiro “vivo”, é o quê?
Ou ele está a fazer frete a alguém?
Acorda povo!
Ou seja ; …se não lhe tivessem descoberto a careca , declarava alguma coisa ? …..como podem estes “Consultores” prestar serviços sem comprovativos faturados , e pagos en numerário por que Entidade ? . Neste período en especial , a caça está aberta ! ….levantam-se Lebres , mas fazem-se disparos de com pólvora molhada . Que conveniente , esta Justiça faz de conta !