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Erdogan quer fazer as pazes com a União Europeia

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Πρωθυπουργός της Ελλάδας / Wikimedia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan

Esta quinta-feira, o Presidente da Turquia afirmou que deseja recuperar as boas relações diplomáticas com a União Europeia (UE), especialmente com a Alemanha e a Holanda.

Recep Tayyip Erdogan diz estar empenhado em melhorar a relações tensas com uma série de países europeus, em especial a Alemanha e a Holanda.

Em declarações ao diário turco Hurriyet, o Presidente turco descreveu os atuais líderes da Alemanha, Holanda e Bélgica como “amigos de longa data” com quem manteve contactos “bastante bons” nos últimos meses, apesar das tensões registadas este ano.

“Não temos problemas com a Alemanha nem com a Holanda nem com a Bélgica”, garantiu Erdogan aos jornalistas quando regressava de uma visita oficial a alguns países africanos. “Pelo contrário, aqueles que estão no poder nesses países são meus amigos de longa data. Fizeram-me mal mas isso é outra questão“.

De acordo com o Expresso, as relações da Turquia com os Estados-membros da União Europeia degradaram-se, no início deste ano, quando os governos nacionais e locais dos três países impediram ministros turcos de fazerem campanha junto de expatriados antes de um referendo em abril, que acabou por reforçar os poderes de Erdogan.

O Presidente turco reagiu mal ao bloqueio, insultando os aliados europeus e acusando-os de serem racistas, de apoiarem o terrorismo e de estarem a comportar-se como nazis.

Também a UE tem tecido duras críticas à Turquia devido às violações de direitos humanos e de ameaças ao Estado de Direito no país, que têm vindo a aumentar desde o golpe falhado de 2016. O estado de emergência decretado após o golpe continua em vigor, permitindo a Erdogan governar através de decretos.

Ao Hurriyet, Erdogan garantiu que têm tido problemas “mas os nossos últimos encontros foram muito bons”. O Presidente da Turquia conta, inclusivamente, que pediu apoio na questão de Jerusalém. “Estamos todos no mesmo comprimento de onda. Já telefonei ao Presidente alemão, Frank Walter Steinmeier, para lhe agradecer”.

Também as relações com a Holanda estão a melhorar. “Isto é satisfatório. Nós queremos, naturalmente, ter boas relações com a UE e com os países da UE”, conclui Erdogan.

ZAP //

6 Comments

  1. “Aqueles que estão no poder nesses países são meus amigos de longa data. Fizeram-me mal mas isso é outra questão“ – nem ao D. Corleone eu esperava ouvir uma frase tão à mafioso. É tipo, por enquanto dão me jeito… Mas estão cá guardados, para lhes fazer a folha um dia.

    Olha, o asteroide que passou a razar pela terra ontem é que o podia ter levado com ele. Acho que só volta daqui a 400 anos.

    • 100% de acordo consigo !!
      Parece a conversa do “lobo” a falar ao “capuchinho vermelho ” ?!
      ah ah dá vontade de rir ! Espero que estes “europeuzinhos ” não se deixem levar pelo” conto do vigário” melhor do vigarista !!

  2. Longe e largo.
    Iriam arrastar a UE para a questão da falta da democracia na Turquia, dos independentistas do sul/leste da Turquia (que combateram o ISIS enquanto a Turquia comprava petróleo na sucapa ao ISI).
    A Turquia actual demonstra falta de cultura democrática, de transparência e de liberdade.

    • Tá cheio desta cáfila de mafiosos que só vêm seus interesses por mais mesquinhos que sejam!
      A dita UE, que está longe de uma real união padece de uma decrepitude e fraquezas que dá dó!

  3. Azeite e Agua não se misturam. As manobras politicas deploráveis a que tem sujeito o povo Turco mereciam que fosse pendurado e deixado a apodrecer. O tipo é mesmo uma besta. Daqui a nada vai simular mais um golpe de estado para impedir que o destituam. Esta gente mete nojo. Está preso ao poder e não Olha a meios para o manter.

  4. E porque não? Desde que há partida se saibam manter bem separadas as águas, este é um ditador no entanto já antes dele outros cometeram erros enormes sobretudo no que toca aos curdos e com a conivência europeia portanto ninguém tem as mãos limpas que a festa continue mas que ao menos não venham meter este país muçulmano na UE caso não pretendam acabar com esta tão depressa.

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