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EpiVacCorona. Segunda vacina russa tem 94% de eficácia

A EpiVacCorona, segunda vacina russa, “gera anticorpos eficazes em 94% dos casos e protege de doença covid-19 grave”, anunciou o diretor do laboratório que a desenvolveu.

A segunda vacina russa contra a covid-19, a EpiVacCorona, tem uma eficácia de 94% em idosos e confere imunidade durante pelo menos um ano, afirmou esta quarta-feira o diretor do laboratório que a desenvolveu.

Alexandr Semiónov declarou à rádio Vesti FM que “o uso da vacina gera anticorpos eficazes em 94% dos casos e protege de doença covid-19 grave”. A agência russa de defesa dos consumidores, a Rospotrebnadozr, que atua como regulador no setor da saúde, acrescentou que os testes clínicos foram feitos com pessoas com mais de 60 anos.

Semiónov indicou que a vacina “funciona contra todas as variantes conhecidas”, nomeando as que foram descobertas no Reino Unido, na América do Sul e na África do Sul e salientou que a EpiVacCorona pode ser rapidamente modificada para se adequar a novas variantes do SARS-CoV-2 que apareçam.

O responsável apontou que a imunidade dura um ano e que “em teoria poderá durar dois”, ressalvando que não podem confirmar uma previsão oficial porque “ainda passou pouco tempo” e a vacina se encontra na terceira fase dos ensaios clínicos.

A segunda vacina registada na Rússia, depois da Sputnik V, toma-se em duas doses e gera anticorpos 42 dias após a primeira injeção.

O diretor do laboratório Véktor afirmou que durante o mês de abril serão produzidas 1,5 milhões de doses da EpiVacCorona e que em maio e junho o ritmo acelerará para 3 e 5 milhões de doses.

CoronaVac tem 50% de eficácia contra variante brasileira

A vacina chinesa CoronaVac tem 50% de eficácia contra a P.1, a variante brasileira do coronavírus identificada pela primeira vez em Manaus, na capital do estado do Amazonas, segundo um estudo que contou com a participação de mais de 67 mil pessoas.

Segundo informações publicadas nos media brasileiros, a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que é aplicada no país no âmbito de uma parceria que envolve o Instituto Butantan, de São Paulo, preveniu infeções por covid-19 entre trabalhadores de saúde de Manaus que terão tido contacto com a variante brasileira (P.1).

O estudo ainda é preliminar, mas Júlio Croda, infecciologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena as análises, frisou que os resultados são encorajadores.

“Eles mostram que a CoronaVac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil [batizada primeiramente como variante de Manaus] e poderá ser usada no mundo todo para preveni-la”, afirmou Croda à Folha de S.Paulo.

Os dados relativos à efetividade do medicamento depois de 14 dias da segunda dose ainda estão a ser recolhidos, e por isso o trabalho prosseguirá nas próximas semanas.

O infecciologista também explicou que a variante brasileira poderá tornar-se predominante em muitos países da América Latina, portanto, os resultados encontrados agora são de extrema importância.

ZAP // Lusa

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