/

Encontrada serra que pode ter sido usada para assassinar jornalista sueca

(dr) International Women's Media Foundation

A jornalista sueca Kim Wall

Depois dos investigadores terem encontrado a cabeça e as pernas da jornalista sueca, foi agora encontrada uma serra que poderá ter sido usada no seu assassinato.

Mergulhadores dinamarqueses encontraram uma serra que poderá ter sido usada no assassinato da jornalista sueca Kim Wall, cujo corpo foi encontrado em pedaços na baía de Koge, em Copenhaga, depois de ter estado no submarino Nautilus, avança o Telegraph.

A jornalista, que estava a escrever um artigo sobre o submarino do inventor dinamarquês Peter Madsen, agora acusado do seu homicídio, desapareceu no dia 10 de agosto. Onze dias depois, o seu torso foi encontrado. No passado dia 6 de outubro, os mergulhadores encontraram a cabeça e as pernas dentro de sacos de plástico.

“A serra está agora a ser examinada pelos nossos técnicos forenses para determinar se é aquela que a polícia está à procura em conexão com o caso do submarino”, adiantou o inspetor da polícia Jens Moller num comunicado, citado pelo jornal britânico.

O inventor conhecido pelos seus projetos de submarinos, está em prisão preventiva acusado de homicídio e profanação de cadáver. Madsen, de 46 anos, disse à polícia que a repórter teria morrido porque uma escotilha de 70 quilos caiu sobre a sua cabeça e que, com medo, decidiu atirar o seu corpo à água. No entanto, a autópsia das autoridades mostra que “não há sinais de fraturas no crânio”.

Anteriormente, a polícia já tinha adiantado que a autópsia ao corpo mostra ferimentos provocados por uma faca no torso e na zona genital, que se pensa terem sido feitos “por volta da hora da sua morte, ou pouco depois”.

Segundo o Telegraph, os procuradores responsáveis pelo caso acreditam que Wall foi assassinada como parte de uma fantasia sexual do inventor, tendo sido depois desmembrada e mutilada.

Um detalhe que dá força a essa teoria é o facto de a polícia dinamarquesa ter encontrado vídeos de mulheres a serem torturadas, decapitadas e queimadas no disco externo que alegadamente pertence ao inventor. Na altura, Madsen afirmou que esse disco não lhe pertencia e que todas as pessoas que trabalhavam no laboratório tinham acesso ao hardware.

As autoridades suecas e dinamarquesas estão agora a reexaminar outros assassinatos que envolvem mulheres mutiladas para perceber se têm ligação com Madsen.

Kim Wall escrevia para jornais como o New York Times, The Guardian e South China Morning Post e para a revista Vice.

Madsen é conhecido pelos seus projetos de submarinos e por ser o co-fundador da empresa Copenhagen Suborbitals, criada em 2008 para lançar para o espaço monolugares tripulados e que fez descolar com êxito foguetões experimentais sem pessoas a bordo.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.