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Empresas chinesas compram soja dos EUA apesar de suspensão imposta pelo Governo

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Empresas estatais chinesas terão comprado pelo menos três carregamentos de soja aos Estados Unidos (EUA), mesmo após o Governo ter levantado uma suspensão. Esta surgiu depois de Washington afirmar que terminaria com o acordo comercial com Hong Kong, como forma de punir Pequim.

Segundo avançou a Reuters, citando fontes que falaram sob anonimato, as compras, que totalizaram cerca de 180 mil toneladas, serão enviadas para a China em outubro ou novembro, o pico da temporada de exportação de soja dos EUA.

De acordo com a publicação, não ficou claro se as compras continuaram após a decisão de Pequim, mas investidores norte-americanos afirmaram que os importadores chineses ainda não cobriram grande parte das suas necessidades de soja para outubro e novembro.

Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram que a China indicou às empresas estatais que interrompessem a importação em larga escala de soja e suínos dos EUA. Uma das fontes acrescentou que as compras estatais de milho e algodão daquele país também foram suspensas.

A Times referiu igualmente que a China está pronta para suspender as importações de mais produtos agrícolas norte-americanos caso Washington tome medidas adicionais em relação a Hong Kong.

Qualquer interrupção prolongada da compra ameaçaria o cumprimento das metas estabelecidas no acordo comercial entre os dois países, assinado em janeiro. Neste, a China comprometeu-se a aumentar significativamente as compras de produtos agrícolas dos EUA, depois de reduzir as importações durante a guerra comercial.

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que estava a iniciar o processo de eliminação do acordo que tem com Hong Kong, em resposta aos planos da China de impor uma nova legislação de segurança naquela região autónoma.

Após as declarações de Trump, os importadores chineses cancelaram entre 10 mil a 20 mil toneladas de remessas norte-americanas de suínos, o equivalente a aproximadamente uma semana de pedidos nos últimos meses.

No pior cenário, se Trump continuar a tentar atingir a China, Pequim cancelará o acordo que tem com aquele país, indicou uma segunda fonte familiarizada com o plano do Governo chinês. “Não há como Pequim comprar mercadorias dos EUA ao receber ataques constantes de Trump”, afirmou.

ZAP //

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