O Barómetro Kaizen Covid-19, divulgado na quinta-feira, indicou que seis em cada 10 empresários prevê ser necessário entre seis e mais de 12 meses para retomar o nível de atividade que tinham antes da pandemia.
De acordo com o Expresso, o barómetro – que inquiriu mais de 220 CEO e administradores de médias e grandes empresas, que representam cerca de 35% do PIB nacional – mostrou que o grau de confiança dos gestores na economia nacional encontra-se, agora, nos 8,4 valores em 20. Em fevereiro, estava nos 12,1 valores.
Cerca de 81% dos inquiridos disse que as medidas de apoio do Governo são insuficientes, considerando que seria importante implementar a isenção de comissões nas Linhas de Crédito disponibilizadas pelo Estado, a adoção do apoio financeiro direto às famílias e a de isenção de contribuições sociais a empregadores que optem por pagar acima dos valores previstos pela lei em caso de ‘lay-off’.
Relativamente a esse mesmo ‘lay-off’, metade dos inquiridos já recorreu ou planeia recorrer e 43% já recorreu ou pretende recorrer à flexibilização do pagamento de impostos, enquanto 55% admite reduzir postos de trabalho.
O barómetro apontou que 54% tem pelo menos um quarto dos seus colaboradores em teletrabalho, realidade que 57% acredita resultar numa menor eficiência e desempenho.
“É um período fora do normal e de adaptação para todos. O ponto positivo é que grande parte das empresas que inquirimos estavam preparadas para manter a sua atividade em pleno. Esta preparação facilitou a adaptação imediata de postos de trabalho, o horário dos turnos e a adoção de medidas para movimentar materiais, limitar pessoas por área e até para contactar com o exterior”, diz António Costa, Senior Partner do Kaizen Institute Western Europe.
E acrescentou: “No caso dos colaboradores em teletrabalho, contribuiu para a imediatez da transição, que nesta fase é fundamental”.
Coronavírus / Covid-19
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