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Empresário de Braga dissolvido em ácido terá sido estrangulado pelo “Bruxo da Areosa”

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Os contornos da morte de um empresário de Braga, cujo corpo foi dissolvido em ácido sulfúrico, continuam a ser revelados, depois de o Ministério Público ter acusado nove pessoas. Entre elas está o “Bruxo da Areosa”, visto como figura preponderante no crime, que teria em sua posse dados confidenciais da PJ.

O Ministério Público (MP) concluiu que João Paulo Fernandes, um empresário de Braga, foi raptado, assassinado e o seu cadáver foi dissolvido em ácido sulfúrico, de acordo com o despacho de acusação contra nove arguidos, entre os quais estão dois advogados e um economista.

Entre os suspeitos do crime está também Emanuel Paulino, mais conhecido como “Bruxo da Areosa”, que de acordo com o Correio da Manhã terá sido “quem estrangulou o empresário de Braga”.

O diário cita o despacho do MP onde se realça o alegado papel preponderante do “Bruxo” no crime cometido a 11 de Março deste ano. A acusação sublinha que este homem “tinha um ascendente sobre todos os arguidos”, conforme sustenta o CM. Vários dos suspeitos implicados no caso acreditariam nos “poderes divinos” do “Bruxo”, afiança o jornal, notando que era esse o caso do advogado Pedro Bourbon, que acreditaria que a mulher engravidou graças à sua intervenção.

Pedro Bourbon, que chegou a pertencer à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, está ligado ao Partido Democrata Republicano (PDR) de Marinho e Pinto, tendo sido suspenso do cargo de secretário-geral na sequência deste caso judicial.

O CM afiança que, após a morte do empresário, e fruto da sua extrema “crença no Além”, o advogado terá pesquisado na Internet “se o cheiro da morte ficava preso a uma pessoa e se os fantasmas sabiam quem os tinha assassinado”.

“Bruxo” tinha dados confidenciais da Polícia

As investigações efectuadas no processo levaram as autoridades a detectar que o “Bruxo da Areosa” teria “na sua posse informação confidencial sobre investigações da Judiciária“, conforme noticia o CM.

Estes dados só poderiam ter sido obtidos através do acesso ao sistema informático daquela polícia, segundo salienta o jornal, notando que o MP sugeriu assim, a abertura de uma nova investigação autónoma para descobrir quem terá fornecido os dados ao suspeito.

Nas escutas telefónicas realizadas aos arguidos do caso, o “Bruxo” terá sido apanhado a descansar os outros suspeitos com a frase “Não há corpo, não há crime”. Ele acreditaria que, depois de se ter alegadamente dissolvido o corpo do empresário em ácido sulfúrico, teriam cometido o crime perfeito.

Entretanto, a Polícia está à espera de análises laboratoriais efectuadas a partir de amostras de um aterro sanitário em Vila Nova de Gaia, onde se acredita que os restos mortais do empresário terão sido despejados. A expectativa é que sejam detectados vestígios biológicos que comprovem a tese da acusação.

ZAP

4 Comments

  1. Boa tarde,
    O caso é macabro mas com bruxo ou sem bruxo todos são igualmente criminosos.
    Deixo aqui as minhas condolências à família.
    No entanto vendo a coisas com alguma frieza é importante lembrar que o Empresário recorreu aos serviços desta rede no passado por isso tal como eles de inocente teria muito pouco. Quando se entra numa rede destas as pessoas devem esperar tudo…
    Importa ainda referir o pais que temos pois constatou-se que a família do falecido recorreu a esta rede organizada para desviar milhões de uma massa falida. Passado 3 anos não sendo possível recuperar os milhões ocultos/desviados recorrem à justiça para recuperar esses milhões. Assim sendo em que pais estamos nós?
    Se houvesse justiça mesmo antes do homicídio acontecer deveriam ser todos presos por ocultações de milhões “roubados” ao estado e a um basto conjunto de pessoas que foram prejudicadas com todo este esquema de desvio de dinheiro.
    E quem responde pelos problemas criados pela falta de pagamento a estas pessoas? Não deveria os milhões desviados reverterem novamente para a massa falida de forma a serem distribuídos a quem de direito?

    Quem a cama faz na cama se deita… só se lamentando no meio de todo este processo o crime bárbaro cometido e os eventuais traumas provocados à criança porque de resto talvez estejam todos a “pagar na terra” aquilo que só o inferno poderia cobrar.

  2. Sem duvida. Ainda ha gente com nível. Comentário do Armindo é realíssimo. Pena a criança que nada tem a ver com esta teia…. E é a q mais sofre.. É injusto!!!

  3. Tudo isto é de loucos logo a começar pelo empresário e seu pai, este já pagou, agora esperamos que todos eles sem exceção paguem e bem pelo crime horroroso que praticaram, um advogado que acredita que a mulher engravidou por ação do bruxo até será bem possível que este tenha tido o prazer de a engravidar.

  4. Armindo, Enzo e Vasco estão de parabéns, os vossos comentários estão mais esclarecedores do que muitas peças jornalísticas.
    As minhas condolências à menina.

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