António Pedro Santos/LUSA
Pedro Nuno Santos em audição na Assembleia da República
Do 1,1 milhão de euros contratualizados com a Tecmacal, apenas 365.403,3 foram pagos em contratos em regime de ajuste direto.
A Tecmacal, empresa detida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação e pelo seu pai, já recebeu 1,1 milhões de euros provenientes de 22 contratos oficializados com o Estado português, 16 dos quais por ajuste direto. No entanto, escreve o Público, foi através dos concursos públicos que a empresa encaixou mais verbas. Tal como descreve a mesma fonte, a empresa em causa é especializada em maquinaria para o setor do calçado e sedeada em São João da Madeira, com filiais na Benedita e Felgueiras.
A empresa, de acordo com o Portal Base, apresenta-se como líder no setor, tendo vindo a fazer negócio com o Estado desde 2008, sobretudo no que concerne a maquinaria pesada. Através do mesmo site é possível perceber que desde que Pedro Nuno Santos entrou para o Governo, primeiramente como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, as duas partes assinaram nove contratos, os quais totalizavam 509,7 mil euros, metade do valor dos contratos assinados.
É ainda percetível que 1,1 milhão de euros contratualizados com a Tecmacal, apenas 365.403,3 foram pagos em contratos em regime de ajuste direto.
Como tal, o contrato mais recente entre o Estado e a Tecmacal, e que motivou a polémica e, consequentemente, o esclarecimento do Governo a propósito da lei das incompatibilidades de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, isto após outro caso que envolveu a ministra da Coesa Territorial a propósito da atribuição de fundos comunitários a duas empresas detidas pelo marido.
1% disso …
É tudo a mamar no Estado, isto é, naquilo que é nosso.
Apenas mais um exemplo prático da prática muito portuguesa de dar um jeitinho.
Este não podia deixar mal o paizinho! É preciso dinheiro dos portugueses contribuintes? Não há problema-, o Pedro Nuno junto com o Costa arranja tudo e até dá 1/2 milhão a uma gaja da TAP que não os merecia (os milhões, claro).