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Empresa cria ecrãs táteis de holograma para melhorar a higiene pública

Os ecrãs táteis ou interativos são usados por milhares de pessoas e, por isso, têm todos os tipos de bactérias indesejáveis. Agora, com a pandemia de covid-19, uma empresa japonesa criou um aparelho que projeta os botões em holograma e não precisa de ser tocado para funcionar.

Os ecrãs táteis em locais públicos representavam, já antes da pandemia de covid-19, um problema de higiene pública. De acordo com um estudo da London Metropolitan University, publicado em 2018, as telas sensíveis ao toque de restaurantes de fast-food têm todos os tipos de bactérias indesejáveis ​​e potencialmente prejudiciais.

Agora, por causa da crise de saúde pública provocada pelo novo coronavírus, uma empresa japonesa propôs uma possível solução.

A Murakami Corporation, sediada em Shizuoka, no Japão, desenvolveu, em parceria com a Parity Innovations, um sistema de holograma que não necessita de contacto físico.

O aparelho de alta tecnologia, chamado de Floating Pictogram Technology (FPT), foi desenvolvido para casas de banho públicas, mas tem potencial para ser adaptado e usado noutras funções.

O painel de controlo usa “tecnologia ótica de próxima geração com ‘imagens que pairam no ar'”, disse a empresa em comunicado, citada pelo Interesting Engineering.

O FPT permite, então, que os utilizadores “pressionem” botões semelhantes a um holograma sem, para isso, terem de tocar fisicamente num ecrã, o que elimina a necessidade de entrar em contacto com uma superfície potencialmente repleta de bactérias.

As principais características do sistema incluem um “sistema brilhante e altamente visível de imagem flutuante no ar”, alimentado por uma tecnologia de deteção espacial que revela “a posição em que o dedo se encontra, usando um algoritmo”, explica ainda Murakami.

Além disso, é importante salientar o facto de o FPT ser facilmente configurável, o que significa que tem potencial para ser “desenvolvido para diferentes funções”.

Esta tecnologia pode também ser usada para proteger contra surtos futuros, melhorando a higiene em vários locais, incluindo, por exemplo, casas de banho públicas, elevadores, caixas de multibanco, sistema de senhas em hospitais e em supermercados.

Depois do aparecimento da covid-19, a empresa japonesa não é, no entanto, a primeira a apresentar uma solução de ecrã tátil “sem toque”. Em outubro de 2020, a Ultraleap anunciou um touch screen com câmara, controlado com gestos.

A Murakami já forneceu amostras do sistema FPT a fabricantes e hospitais para avaliação e espera que a tecnologia seja comercializada a partir de 2022.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

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